Atualmente, a região produz cerca de 61 milhões de toneladas de cana, o que corresponde a aproximadamente 25% da safra nacional.
Para atingir este volume, segundo Cunha, será necessário incentivar a produção em regiões que ainda não são tradicionais no corte da cana, como Maranhão, Piauí e às margens do Rio São Francisco.
? Somente na região do São Francisco o potencial de produção é de 15 milhões de toneladas, que depende de grandes investimentos em irrigação ? informa.
Além de novas áreas, o setor sucroenergético do Nordeste aposta no aumento da produtividade, que atualmente é inferior à média paulista. Na última safra, a produtividade média registrada na região foi de 62 toneladas por hectare. Em São Paulo, a média do Estado é superior a 78 toneladas/hectare.
? Temos propriedades no nordeste que a produtividade já alcança 75 de toneladas por hectares ? anima Cunha.
Safra 2010/11 e 2011/12
A safra de cana da região Nordeste chegará ao fim no próximo mês de maio. Pelo calendário, o pico da colheita acontece entre os meses de agosto e abril. Diferente do Centro-Sul, cuja colheita está começando agora. A previsão do Sindaçucar é de que sejam colhidas 61 milhões de toneladas, cerca de 2% mais do que o registrado na safra anterior.
O volume garantiu a produção de 4,6 milhões de toneladas de açúcar e dois bilhões de litros de etanol.
Para a próxima safra, 2011/2012, que deve começar em agosto, o executivo acredita que o volume de cana colhida seja até 6% maior, ficando entre 63 e 65 milhões de toneladas.
? Esse crescimento vai depender do clima, já que o produtor está renovando os canaviais para continuar elevando a produtividade da cana ? explica Cunha.