Os produtores catarinenses colocam no mercado todos os anos três bilhões de litros de leite. Boa parte sai da região oeste do Estado, tradicional na produção de carnes. O leite ocupa uma posição na economia tão importante quanto as aves e os suínos. No Estado, o setor cresce de 10% a 15% ao ano em volume e preço. O gerente de um grande laticínio da região, Celso Inácio Lermen, diz que a experiência de um setor contribuiu para a eficiência do outro.
A empresa em que Celso trabalha tem mais de 40 anos de atuação no mercado de carnes. Há sete, ele trabalha também com leite e processa 900 mil litros por dia. A tecnologia na linha de produção ajuda na eficiência da empresa, mas não é a única ferramenta.
O produtor de leite Antonio Franz e a esposa não têm a menor saudade da época em que tiravam leite manualmente. A ordenha mecanizada, instalada há menos de um ano, facilitou o trabalho. Mas para reduzir custos e aumentar a margem de lucro, o produtor investiu no manejo dos animais. Ele mantém o gado no pasto em piquetes rotativos e produz feno e silagem para complementar. O casal entrega o leite ao laticínio por R$0,80 o litro. A metade é lucro.
No Brasil a taxa de crescimento do mercado do leite fica em torno de 4% ao ano. Um índice considerado muito bom pelo setor. Mas os especialistas dizem que é possível melhorar os ganhos de quem está nesta atividade, aperfeiçoando a base da produção, onde os custos do leite são maiores.