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Setor acredita que 2010 foi o ano da cafeicultura no Brasil

Produtores encerram o ano muito otimistas, e a indústria espera mais de 2011Safra recorde, alta nos preços e o maior consumo interno da história do país são fatores que levam os representantes do setor a acreditar que 2010 foi o ano da cafeicultura no Brasil. Produtores encerram o ano muito otimistas, e a indústria espera mais de 2011.

A safra rendeu. Foram 48,1 milhões de sacas, uma alta de quase 22% em relação a 2009. Além disso, os preços melhoraram. Há um ano, os cafés finos eram negociados a R$ 270 a saca. Agora no segundo semestre de 2010, a saca chegou aos R$ 400. Os cafés voltados ao mercado interno tiveram alta de aproximadamente R$ 30, por saca, na comparação com o ano anterior. Segundo o pesquisador Celso Luis Vegro, do Instituto de Economia Agrícola, o produtor que soube investir ganhou mais.

? Nós tivemos dois momentos diferentes ao longo de 2010. O primeiro semestre praticamente reproduziu a trajetória dos anos anteriores de preços reprimidos, e o segundo semestre já com preços ascendentes para uma parte dos cafeicultores, especialmente aquela que investiu em qualidade ? disse Vegro.

Com o aumento na qualidade do café cresceu também o consumo interno da bebida. O Brasil atingiu a marca histórica de 19 milhões de sacas, 5% a mais do que a de 2009. Mas a indústria ainda não está satisfeita.

? A indústria continua vendendo o café para os clientes supermercadistas pelo mesmo preço que vendia há cinco anos atrás, enquanto custos de mão-de-obra, energia subiam, ou seja, preços não aumentaram, mas custos que subiram tiraram a rentabilidade das indústrias em 2010 ? avalia o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Café, Nathan Herszkowicz.

Mesmo que não tenha agradado a toda a cadeia, 2010 trouxe de volta um sentimento ao produtor.

? Eu já esperava há muito tempo. A grande modificação neste ano é que foi restaurada a esperança do cafeicultor de negócio com a grande alta dos preços. Ainda não resolveu, mas nos deu a esperança ? declarou o cafeicultor Luiz Hafers.

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