Após o evento, Stephanes disse que o CMN deve liberar mais R$ 300 milhões para capital de giro das cooperativas, mas também usou o setor para exemplificar a demora com que o dinheiro autorizado pelo governo chegue aos produtores. As cooperativas reclamam que não conseguem acessar os R$ 700 milhões já aprovados em janeiro.
? O ministro tem sido um grande advogado desta causa, mas os bancos públicos têm dificultado ao máximo acesso ao crédito ? disse o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes de Freitas.
Segundo Stephanes, é preciso criar procedimentos que agilizem o repasse.
? É que muitos bancos não estavam acostumados a atuar nessa área e não havia, talvez, conhecimento nem sensibilidade em relação ao modo como funciona a atividade agrícola. E como estamos vivendo um quadro de crise, as decisões devem ser executadas muito mais rápido ? afirmou o ministro.
Stephanes disse que após a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última semana, devem ser criados os mecanismo para que os recursos cheguem a juros e velocidade adequados. A reunião, marcada para discutir a situação da agricultura, também teve a presença da área econômica do governo, do Bando do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Tanto a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) quanto o ministro da Agricultura pedem, desde novembro do ano passado, recursos da ordem de R$ 2 bilhões para o setor. Além dos R$ 700 milhões já aprovados e dos R$ 300 milhões que devem sair esse mês, outro R$ 1 bilhão sairá em até 60 dias, disse Stephanes. O volume total deveria ter sido liberado ainda em 2008, mas os cooperativistas ainda aguardam que os bancos disponibilizem a primeira parcela.
? A cada dia que passa as cooperativas se encontram numa situação mais crítica por falta de crédito.
Márcio Lopes de Freitas, da OCB, acredita que uma atitude do governo federal poderia resolver a situação.
? Precisa de uma intervenção impositiva do governo perante os bancos para que esse recurso chegue às cooperativas ? contestou .