No local existia forte especulação imobiliária, com prejuízos de R$ 62 milhões aos cofres públicos e o envolvimento de 12 funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que estão afastados do cargo e respondendo processo na Justiça Federal. Eles facilitavam, conforme apurou a Polícia Federal (PF), documentação de lotes do Incra para os especuladores.
Segundo a apuração das irregularidades, beneficiados pelo Incra venderam os imóveis e alguns foram transformados em chácaras de lazer. Outros, ainda, foram arrendados, o que é proibido. Acreditando em situação muito mais grave do que a encontrada no assentamento Santo Antônio, o Ministério Público Federal solicitou levantamento em todos os assentamentos da região sul do MS.
O superintendente do Incra-MS, Manuel Furtado Neves, concluiu esta semana o sistema de trabalho para identificação dos lotes que serão retomados pelo órgão.
? No mínimo 2 mil famílias de sem-terra acampadas na região serão assentadas sem a necessidade de compra ou desapropriação de fazendas no Estado ? afirma.