As produções de grãos e cereais atingiram volumes recordes, pelo menos nos últimos dois anos, favorecidas pelo clima. Assim, os estoques de grãos seguem em volumes bem satisfatórios.
No caso do trigo, a relação estoque/consumo está no maior nível desde a safra 1999/2000, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Nesse ambiente, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços não devem subir em 2018. Compradores e consumidores serão favorecidos por esse cenário, mas a rentabilidade de produtores segue sendo pressionada. Neste ano, a liquidez deve ser influenciada pelos amplos estoques de moinhos, pelas importações e pelo dólar.
Quanto à área a ser plantada em 2018, a concorrência com o milho segunda safra continuará sendo fator de impacto, principalmente no Paraná, em Mato Grosso do Sul e no Sudeste. Nos estados Sul, especialmente no sul do Paraná, produtores buscam outras alternativas de culturas de inverno, em detrimento do trigo.