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Trigo gaúcho deveria receber R$ 44,95 por saca

Com o custo operacional de R$ 1.842,97 por hectare, apurado em fevereiro, o produtor de trigo do Rio Grande do Sul deveria receber R$ 44,95 por saca apenas para cobrir seu desembolso. O valor foi apresentado em nota técnica da Assessoria Econômica da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), considerando produtividade de 41 sacas por hectare, média do IBGE para o estado.

Fonte: Divulgação/Embrapa

O número é 78,4% maior – ou quase R$ 20 a mais – do que o valor praticado no mercado gaúcho pelo grão, que em fevereiro foi de R$ 25,19 a saca. Nos 12 meses analisados pelo estudo, fevereiro de 2014 a fevereiro de 2015, o preço do trigo despencou 23%. Para compensar os baixos preços com aumento de produtividade, o produtor teria de colher 74, em vez de 41 sacas por hectare, a média do IBGE.

Ao contrário das cotações do trigo, os custos de produção só aumentam. Eles subiram de R$ 1.754,98 para R$ 1.842,97 no período (alta de 5%), conforme o relatório, com base em levantamentos do Projeto Campo Futuro, iniciativa da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), em parceria com o Cepea/Esalq da USP. O preço mínimo em vigor pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de R$ 33,45 por saco, cobre apenas 74,4% do desembolso apurado pela Farsul.

– A situação, que já é extremamente difícil, deve ficar ainda mais dura para o produtor nos próximos meses – lamenta Antonio da Luz, economista do Sistema Farsul. 

Segundo ele, o aumento da taxa de câmbio em março deve impactar diretamente no bolso do agricultor ao tornar mais caros fertilizantes e defensivos agrícolas. Principais itens do custo operacional de produção, os fertilizantes, herbicidas, inseticidas e fungicidas aumentaram 5,5%. Mão de obra e combustíveis tiveram aumento de 9% e 13%, respectivamente. O frete, por sua vez, sofreu elevação de 13%.

O presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, entregou a Nota Técnica à Secretaria de Polícia Agrícola do Mapa.

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