Diante da baixa disponibilidade de trigo no mercado brasileiro, as importações ganharam força nos últimos dois meses, mesmo com o dólar elevado e, portanto, encareceram as compras externas, aponta a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio.
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as importações brasileiras de trigo em grão somaram 748,2 mil toneladas em abril, volume 13,4% superior ao de março de 2020 e 20,9% acima do de abril de 2019. “O volume importado em abril foi o maior desde julho de 2018”, acrescenta.
Entre agosto de 2019 e abril de 2020, o volume importado de trigo soma 5,26 milhões de toneladas, mas ainda está abaixo do mesmo período da safra anterior, de 5,37 milhões de toneladas (agosto/2019 a abril/2019).
O preço médio da importação em abril ficou em linha com o de março/2020, de US$ 214,55 por tonelada, e ainda 10,4% inferior ao de abril de 2019. Entretanto, ao se considerar a taxa de câmbio – que, em abril, atingiu recorde nominal, com média de R$ 5,33 –, os preços de abril/2020 em reais estiveram 8,7% acima dos de março/2020 e 22,5% superior ao de abril/2019.
“Ao se deflacionar os preços em Reais (pelo IGP-DI) do trigo importado, os atuais valores são os mais elevados desde outubro de 2018”, diz.
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