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Trigo: Paraná espera que Nordeste se firme como mercado em 2015

Leilões de Pepro do ano passado levaram cereal paranaense pela primeira vez à regiãoO Paraná quer voltar a ter em 2015 os moinhos do Nordeste como consumidores do trigo produzido no Estado. No ano passado, o cereal ingressou no mercado nordestino através dos leilões públicos.

A opção de escoamento para a região é inédita, pois a indústria local é importadora do grão e da safra nacional compra apenas o trigo gaúcho, usado na mistura com o cereal da Argentina e dos Estados Unidos. O mercado nordestino surgiu no ano passado com os leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro). A oferta do subsídio estimulou a demanda e os moinhos nordestinos puderam testar o trigo paranaense, consumido na quase totalidade pela indústria do Sudeste e do próprio Paraná.

– A abertura desse mercado foi importante e a continuidade em 2015 dará liquidez ao mercado, principalmente se a safra for grande – diz Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e presidente da Câmara Setorial das Culturas de Inverno. 

A estimativa é de que quase 800 mil toneladas de trigo paranaense foram escoadas por Pepro em 2014. As operações que garantem ao setor produtivo a diferença entre o preço mínimo e o valor de mercado foram suspensas no dia 12 de dezembro, quando foi realizado o 10º leilão em apoio ao cereal.

No total, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ofertou Pepro para 1,552 milhão de toneladas de trigo e foi arrematado prêmio para 795 mil toneladas, volume equivalente a 13% da safra total brasileira, estimada pela estatal em 5,950 milhões de toneladas.

Segundo Turra, a depender da necessidade, os leilões poderão ser retomados no início deste ano, já que há recursos orçamentários. Dos R$ 150 milhões previstos para o Pepro, pouco mais de R$ 80 milhões teriam sido utilizados até agora.

Na semana do Natal o Ministério da Agricultura informou que fará Aquisição do Governo Federal (AGF) para trigo. Esse mecanismo, que também assegura preço mínimo ao produtor, permite ao governo recompor seus estoques em produto de primeira necessidade ao mesmo tempo em que enxuga a oferta interna e reduz a pressão sobre os preços ao produtor.

No caso do trigo, os leilões de Pepro cumpriram seu objetivo de segurar os preços. Tanto que no Paraná as últimas operações quase não despertaram interesse. Em dezembro triticultores já não davam opção às cooperativas de ofertarem trigo em leilão, contou Turra. As cotações do cereal no mercado paranaense reagiram após as notícias de que o Rio Grande do Sul produziria menos e a colheita resultaria em produto de baixa qualidade por causa do excesso de chuva no final do ciclo. 

Além disso, os preços internacionais do trigo, que já superavam os do mercado interno, passaram a subir com a notícia de que a Rússia taxaria suas exportações, o que depois foi confirmado, e a Argentina poderia exportar trigo para outros países, fora o Brasil. Com isso, as cotações encerraram 2014 em alta também na Argentina e a tendência é de mercado firme nessas primeiras semanas do ano.

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