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União entre Perdigão e Sadia não terá demissões nem aumento de preços, afirma vice-presidente da BRF

Empresa pretende gerar mais empregos e melhorar a relação com produtoresO vice-presidente para Assuntos Coorporativos da BRF Brasil Foods, Wilson Newton de Melo Neto, afirmou nessa terça, dia 12, que a fusão entre Perdigão e Sadia ? que resultou na criação da megaempresa do setor de alimentos em 2009 ? não levará a demissões nem a aumento de preços dos produtos. Ele respondeu a questionamentos da Comissão de Direitos do Consumidor da Câmara dos Deputados.

O julgamento sobre a fusão, ocorre nesta quarta, dia 13, no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

? Vamos gerar mais e cada vez mais empregos no Brasil ? garantiu Melo Neto.

Ele também prometeu melhorar a relação com o produtor. A empresa tem cerca de 20 mil produtores integrados. Atualmente, a BRF gera 120 mil empregos diretos e 200 mil indiretos. É a terceira maior exportadora brasileira, com R$ 10 bilhões vendidos para o exterior no ano passado, e tem 60 fábricas no país.

Melo Neto disse que as demissões em massa são uma realidade na maioria das fusões, mas que esse quadro não se aplica à BRF.

? Em janeiro deste ano, a empresa tinha 6 mil vagas abertas, e ainda tem dificuldade para preenchê-las.

Para Melo Neto, o risco de aumento de preço percebido pelo Cade não foi sentido pela população desde a criação da BRF.

? Em 2010, o aumento de preço dos nossos produtos ficou abaixo da inflação.

Ele também afirmou que as críticas sobre concentração de mercado em determinados segmentos, como o de massas e pratos prontos, não se justificam pela baixa penetração que esses produtos têm nos lares brasileiros, entre 12% e 20%.

Melo Neto afirmou ainda que há uma “mistificação” sobre a falta de concorrência, e que o fato de a empresa não ter concorrentes à altura atualmente não significa que ela está livre de perder clientes caso cometa erros no tratamento ao consumidor.

 

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