As mudanças estão também na grade curricular. Além de conhecimentos em áreas como o plantio direto e agricultura de precisão, a universidade procura também trabalhar com a questão da gestão da propriedade.
O professor de agronomia da UPF, Mauro Rizardi, afirma que a biotecnologia também já entrou na pauta do curso.
? Sistematicamente fizemos uma revisão da grade curricular para que a gente possa contemplar as novas tecnologias. Recentemente criamos uma disciplina de biotecnologia, porque o assunto, mesmo que sirva de ferramenta para outras áreas, ela contempla um tema fundamental para o aluno ? avalia.
A UPF mantém uma fazenda experimental com 180 hectares, onde diversas culturas da região são plantadas. Além do plantio e da parceria com empresas nas linhas de pesquisa, onde elas fazem testes de novas tecnologias na universidade, o maquinário também é testado na área. O professor Rizardi explica como funciona a relação com o mercado.
– Trabalhamos muito com a parceria com as empresas, desde a parte de maquinário, na nossa fazenda experimental, onde são cultivadas as mais diversas culturas em trabalhos de pesquisas, mas também muito em termos de áreas produtivas. E o maquinário que nós temos é todo trabalhado em sistema de comodato com estas empresas ? afirma
Segundo o professor, o crescimento do número de cursos de agronomia pelo interior nos últimos anos pulverizou a procura nos vestibulares, mas a média se mantém alta, entre quatro a cinco candidatos por vaga. O curso mantém uma média de 500 alunos, mas hoje está com 10% acima da capacidade devido à procura. Rizardi salienta que pelo menos 70% dos alunos são filhos de produtores rurais.
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