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Venda de trigo está lenta e com preços diferentes nas regiões produtoras

Segundo o Cepea, muitos moinhos já estão diminuindo o ritmo de compras neste final de ano. No Paraná, safra terá quebra de 15%

Fonte: Mirco Alex/Ernestina (RS)

As negociações envolvendo trigo estão ocorrendo apenas de formal pontual no mercado brasileiro. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), muitos moinhos já estão diminuindo o ritmo de compras neste final de ano, sem interesse em fazer estoques no curto prazo.

Os produtores acreditam em alta dos preços nas próximas semanas, fundamentados na necessidade de trigo de boa qualidade por parte dos compradores ainda ativos. Com isso, os preços têm apresentado comportamentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

O Paraná detém grande parte do cereal de boa qualidade; já no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, as perdas e os prejuízos da safra se tornaram evidentes com o avanço da colheita. Assim, no Paraná, as cotações são pressionadas pela baixa demanda deste momento e pela maior intenção de produtores em negociar. Já no Rio Grande do Sul, mesmo com moinhos abastecidos, os preços têm se sustentado, devido à baixa oferta de cereal de qualidade.

Paraná

A safra de trigo de 2015 do Paraná, principal estado produtor do cereal, terá uma quebra de 15% na comparação com as previsões iniciais, informou nesta terça-feira o Departamento de Economia Rural (Deral), do governo estadual, citando chuvas no período final da colheita.
A safra paranaense foi estimada em 3,4 milhões de toneladas, ante 3,5 milhões da estimativa de novembro e 4 milhões da previsão do início da temporada.

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