A indústria exige cada vez mais qualidade do trigo que é transformado em farinha e depois nos pães. E para atender essa exigência é preciso investir em pesquisa.
No laboratório da Fundação Centro de Experimentação e Pesquisa (Fundacep), foram feitos por ano mais de mil cruzamentos de plantas para chegar a apenas uma variedade. Até esse ano, o da variedade foi apenas experimental, para comparar o comportamento da planta com as que já existem no mercado.
Só depois de 10 anos a semente está pronta para ser colocada no solo. A expectativa dos produtores que apostam nesse tipo de variedade é o aumento na produção por hectare de 15% a 25%.
O agricultor Saulo de Bortoli investiu na tecnologia da nova semente e cultivou 100 hectares com a variedade. Ele espera colher 3.500 quilos de trigo por hectare, em vez da media de 2.500 quilos de outras safras, e com qualidade superior.
Para ter todo o rendimento esperado, a nova variedade exige aplicação fracionada de nitrogênio. Mesmo contando com o clima, a tecnologia pode ser uma ferramenta importante para garantir a venda do que é cultivado.