O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi ao Twitter na manhã desta segunda-feira, dia 13, defender sua estratégia para o comércio com a China. Em suas mensagens, Trump afirmou que o país asiático não deveria impor retaliações contra produtos americanos, “ou as coisas apenas ficariam piores”.
Trump argumentou que não há motivo para os consumidores americanos pagarem pelas tarifas mais recentes, que segundo ele entram em vigor na China nesta segunda-feira. Trump disse, sem citar a fonte, que teria sido “provado” que apenas quatro pontos porcentuais dos custos pelas tarifas vão para os consumidores americanos e 21 pontos para os chineses, “porque a China subsidia produtos em uma escala muito grande”.
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O presidente americano recomendou aos consumidores locais que comprem produtos de um país não tarifado ou um produzido localmente. De acordo com ele, muitas companhias deixarão a China, preferindo o Vietnã ou outras nações asiáticas. “É por isso que a China quer tanto fazer um acordo!”, afirmou.
Trump disse que a China tem tirado vantagem dos EUA “por tantos anos” e que os presidentes americanos não haviam feito nada a respeito até então. “Portanto, a China não deveria retaliar ou as coisas apenas ficariam piores!”, argumentou. Ele ainda escreveu que os países tinham um acordo quase concluído, mas Pequim recuou.
“Eu digo abertamente ao presidente Xi [Jinping] e a todos os meus muitos amigos na China que ela será grandemente prejudicada se não fizer um acordo porque as empresas serão forçadas a deixá-la por outros países”, afirmou.
Entenda o caso
Na última sexta-feira, dia 10, começou a vigorar o aumento tarifário de 10% para 25% sobre US$ 200 bilhões em produtos importados da China, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia anunciado. Além dessa alta, Trump afirmou que já começou um processo para uma nova taxação de 25% sobre US$ 325 bilhões em produtos da China.
Os EUA também anunciaram que vão comprar mais produtos agrícolas de produtores rurais locais para envio para ajuda humanitária. “Com os mais de US$ 100 bilhões em tarifas que recebemos, vamos comprar produtos agrícolas de nossos grandes fazendeiros, em quantidades maiores do que a China, e enviá-los para países pobres e famintos na forma de assistência humanitária. Enquanto isso, continuaremos a negociar com a China na esperança de que eles não tentem novamente refazer o acordo!”, twittou Trump.