Brazil and Argentina have been presiding over a massive devaluation of their currencies. which is not good for our farmers. Therefore, effective immediately, I will restore the Tariffs on all Steel & Aluminum that is shipped into the U.S. from those countries. The Federal….
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 2, 2019
“O Federal Reserve [banco central americano] deve agir para que os países não se aproveitem mais nosso dólar forte, desvalorizando ainda mais suas moedas. Isso dificulta em muito a situação de nossos fabricantes e agricultores, para exportar seus produtos de maneira justa”, completou Trump.
…..Reserve should likewise act so that countries, of which there are many, no longer take advantage of our strong dollar by further devaluing their currencies. This makes it very hard for our manufactures & farmers to fairly export their goods. Lower Rates & Loosen – Fed!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 2, 2019
Em resposta, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que irá conversar com Paulo Guedes, ministro da Economia, mas afirmou que caso seja necessário, ele entrará em contato com o próprio presidente norte-americano. “Sobre essa questão, já estou em contato com o Paulo Guedes, mas caso seja preciso, vou ligar diretamente para o Trump. O que não podemos é baixar a cabeça para essa medida”, afirmou Bolsonaro.
A medida acontece em momento que o governo brasileiro tenta realizar a retomada de exportação da carne bovina para os Estados Unidos, embargada desde 2017, quando os norte-americanos suspenderam compras de cortes bovinos devido às reações provocadas no rebanho, gerados pela vacina contra a febre aftosa. Essas reações desencadearam o processo de redução da dose da vacina de 5 ml para 2 ml e a retirada da saponina da composição do produto.
Entenda
Em março de 2018, os Estados Unidos anunciaram uma taxação de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio brasileiro. Sem sucesso nas negociações, as empresas brasileiras tiveram que optar pela adoção de cotas ou pagar sobretaxas. Em nota oficial divulgada à imprensa em abril do mesmo ano, os ministérios das Relações Exteriores e de Indústria e de Comércio Exterior e Serviços (MDIC) afirmam que as autoridades norte-americanas informaram que decidiram interromper o processo de negociação que vinha ocorrendo e aplicar, imediatamente, as sobretaxas que estavam temporariamente suspensas ou, de forma alternativa, cotas restritivas. Contudo, em agosto de 2018, Donald Trump voltou atrás na decisão e assinou decretos que permitiram o “alívio das limitações quantitativas” das importações de aço e alumínio de vários países, favorecendo o Brasil. O documento, denominado “Proclamação presidencial ajustando as importações de aço nos Estados Unidos” é extenso, reúne 25 itens, e detalha os procedimentos. Está publicado no site da Casa Branca.