O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 25, esperar que os acertos feitos pelo governo da Argentina, no âmbito do Mercado Comum do Sul (Mercosul), sejam mantidos pelo presidente eleito do país, Alberto Fernández, que toma posse em dezembro.
“Tudo pode acontecer na vida da gente, né. A gente espera que o que foi acertado com o [Maurício] Macri, a parte econômica, continue com o [novo] presidente da Argentina. Nada contra o povo, nada contra o governo, queremos respeito aos contratos”, disse.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta segunda, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que um dos cenários pode ser uma eventual saída do Brasil do Mercosul. Esse cenário, no entanto, não seria o plano A do governo.
No Palácio do Planalto, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, disse que a prioridade do governo é lutar pelo livre comércio e cumprir o programa econômico que elegeu Bolsonaro.
“Na hipótese de que não seja possível prosseguir com postulados básicos de uma área de livre comércio com os sócios do Mercosul, o Brasil estudará, não há nenhuma definição de momento, todas as possibilidades para prosseguir na consecução do programa econômico aprovado nas urnas, pelos brasileiros, em 2018. O Brasil, sob a gestão do presidente Jair Bolsonaro, é um país livre para o comércio, para as relações comerciais, e é dentro desse pressuposto que caminha a nossa diplomacia econômica também”, afirmou.