A região mais afetada foi a província de Iloilo, a 500 quilômetros ao sul da capital, cujo governador, Neil Tupaz, informou, neste domingo, dia 22, que pelo menos 59 pessoas morreram nas inundações provocadas pela tempestade.
Nanette Tansingco, prefeita da cidade de San Fernando, na província de Romblon, confirmou que foram encontrados quatro corpos de pessoas que estavam no Princess of Stars, que sofreu no sábado uma falha no motor e perdeu o contato por rádio com o porto perto de Sibuyan, 300 quilômetros ao sudeste da capital.
Após suspender os trabalhos de resgate, na noite de sábado, devido à forte correnteza e vendavais, a Marinha e a Guarda Litorânea retomaram, neste domingo, a busca do barco, de quase 24 toneladas e com 747 pessoas a bordo. Outras 17 pessoas perderam a vida na ilha de Mindanao, cerca de 800 quilômetros ao sul de Manila.
Na província de Maguindanao, as inundações e deslizamentos deixaram um total de 14 mortos, enquanto cinco pessoas continuam desaparecidas, e a vizinha província de Cotabato registrou outras três vítimas fatais.
Com ventos de 120 km/h e seqüências de até 150, a tempestade mudou de trajetória de madrugada e se aproximou de Manila, onde arrancou árvores e causou cortes na provisão de energia elétrica em amplas áreas da zona metropolitana. As Forças Armadas começaram a fazer estoque de arroz e material de emergência, e os hospitais se encontram em estado de alerta máxima.
A cada ano, as enchentes e deslizamentos de terras durante a temporada de chuvas causam dezenas de mortos nas Filipinas. Em 2006, quatro tempestades de intensidade incomum alagaram várias regiões de Luzon com enchentes que deixaram mais de 1,3 mil mortos, quase três milhões de desabrigados e meio milhão de casas destruídas.