As condições climáticas extremas continuam a desafiar a agricultura brasileira, com temperaturas de até 70 ºC identificadas no solo do Centro-Oeste, conforme dados de satélite da Nasa. Esse calor intenso impacta negativamente a germinação e o desenvolvimento inicial da soja e do milho, causando danos irreversíveis, de acordo com meteorologistas.
Francisco Turra, ex-ministro da Agricultura, destacou os desafios climáticos enfrentados pela agricultura do Brasil e do mundo. Regiões como o Sul lidam com ciclones extratropicais e chuvas excessivas, enquanto o Centro-Oeste enfrenta seca, prejudicando o plantio. A concentração recorde de dióxido de carbono anunciada pela ONU também preocupa, refletindo em eventos climáticos extremos.
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Turra enfatizou a importância de uma emenda apresentada pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), visando aumentar os recursos para o seguro agrícola no próximo ano. Essa medida busca cobrir os custos do plantio, essenciais para evitar que produtores descapitalizados enfrentem safras de menor qualidade e sem tecnologia adequada.
O ex-ministro destacou a situação crítica, mencionando a dificuldade em realizar o plantio da safrinha de milho devido ao atraso no plantio da soja. Ele também abordou a perda significativa na safra de trigo, causada por chuvas que comprometeram a colheita e resultaram em menor qualidade do grão.
Agricultores enfrentam perdas irreversíveis, e Turra ressaltou a importância do seguro rural para mitigar os impactos. A Embrapa estima que a produção de trigo deste ano seja de cerca de 9,2 milhões de toneladas, abaixo das projeções para uma safra normal.
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