? O setor enxerga com bons olhos esses novos limites, já que são baseados em uma nova metodologia, que é mais científica, mais confiável, muito mais segura e que é aceita pelo mundo inteiro. É um avanço ? disse o executivo à Agência Estado.
? Ao mesmo tempo facilitará a fiscalização do Ministério e evitará fraudes ? completou.
Segundo ele, os critérios para os limites de água nas aves congeladas e resfriadas eram estabelecidos pela metodologia do descongelamento.
? O setor de produção sempre contestou esse tipo de análise, porque acreditávamos que era muito empírico. Pegava-se a carcaça e deixava derreter a água, mas a temperatura e o tempo variavam muito ? explicou.
? Já com esse novo padrão laboratorial, que é muito bom para as empresas, tanto para o mercado interno quanto externo, consideram-se as proteínas e umidade e a relação entre os dois elementos.
Mendes disse que em março o Ministério já havia estabelecidos novos limites de água para cortes como peito e peito desossado e hoje ampliou para coxas, sobrecoxas e peças inteiras de coxas e sobrecoxas.
? Até o início do ano que vem deverão ser publicados os parâmetros para a carcaça inteira e miúdos ? finalizou.
A Seara, empresa do grupo Marfrig, também diz concordar com os novos limites de parâmetros para determinar a quantidade de água.
“A Seara apoiou, por meio de seu corpo técnico na Ubabef, a aplicação de uma tecnologia adequada para mensurar a relação proteína/umidade, por ser a metodologia internacionalmente reconhecida”, disse a companhia, em comunicado.
“Com isso, passaremos a dispor de um conteúdo científico para comprovar na produção e no mercado quem realmente produz de forma ética. Certamente é um marco importante de referência de qualidade que o Ministério coloca à disposição do país que é o maior exportador mundial de frangos e o terceiro maior produtor mundial”, completou a Seara, ressaltando que endossa esse tipo de controle “em prol dos mesmos e para se diferenciar das empresas que insistem em uma prática equivocada de produção”.