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Ubrabio defende processamento de milho para farelo e etanol

Grupo busca incentivos específicos para a atividade com o objetivo de aproveitar excedente da produção do grão para incremento em outras ramificaçõesA busca de linha de financiamento específico para o beneficiamento e industrialização de plantas para produção de farelo e etanol provenientes do milho foi encaminhada pelo consultor na área do agronegócio e presidente-executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), Odacir Klein, ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho. A audiência para debater o assunto ocorreu na quarta, dia 27, na sede do Ministério, em Brasília.

O ex-ministro Klein, junto com um grupo de especialistas da iniciativa privada, busca incentivos específicos para a atividade com o objetivo de aproveitar o excedente da produção da cultura para incremento em outras ramificações, sobretudo no estado de Mato Grosso. A expectativa para a atual safra é de 76 milhões de toneladas de milho.

A exemplo do biodiesel implantado no Brasil e da experiência norte-americana, o potencial produtivo processado nas unidades em comparação com outras culturas apresenta ganhos superiores, segundo amostragem técnica apresentada na reunião, que contou ainda com a participação do secretário de Política Agrícola (SPA/Mapa), Neri Geller, e do secretário de Produção e Agroenergia  (SPAE/Mapa), Gerardo Fontelles. Durante o encontro foi lembrado que uma tonelada de milho atinge 420 litros de etanol, 317 quilos de farelo, além de outros componentes e derivados de óleo.

O Ministério acenou com a possibilidade de intermediar junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social  (BNDES) uma nova linha de crédito para esta finalidade. Agregar o valor de produção do milho é uma das prioridades do projeto. Além disso, as unidades de processamento também estão planejadas para adaptação e aproveitamento de sorgo – mais resistente à seca. Atualmente, as indústrias estão preparadas apenas para o processamento de farelo de soja.

O custo de investimento para unidade está estimado em R$ 230 milhões, com a expectativa de retorno do capital empreendido em torno de 5,2 anos. Para Mendes, é preciso aproveitar o potencial do milho como mais uma alternativa para o produtor. Já o secretário Geller explica que o Brasil tem potencial para garantir uma performance sustentável e com menor custo.

O assunto sobre aproveitamento e abastecimento de grãos no país – especialmente o milho -, já havia sido colocado em discussão durante a reunião do Conselho Interministerial de Estoques de Alimentos (Ciep) pelos ministros Mendes Ribeiro, Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e o ministro interino Nelson Barbosa (Fazenda). Ainda que a atual produção priorize à produção de alimentos, foi considerado para o excedente um potencial estratégico para utilização de etanol, consumo animal e humano.

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