Segundo as declarações do chefe de negociação da UE, esta oferta representaria um aumento a respeito do proposto até agora pela Comissão Européia (CE, orgão executivo da UE) dentro da Rodada de Doha, pois os europeus falaram de uma redução “média” de 54% nos impostos que taxam a entrada de produtos agrícolas.
Segundo o porta-voz do comissário, Peter Power, o corte de 60% levaria em conta a média de 54% e somaria as reduções pela liberalização dos “produtos tropicais”.
Dentro das negociações da Rodada de Doha, que cerca de 30 países da Organização Mundial do Comércio (OMC) tentam desbloquear em uma reunião que começou nesta segunda, em Genebra, na Suíça, um ponto polêmico é o referente a “produtos tropicais”, submetidos a uma maior e mais rápida liberalização.
Nestas discussões, os países emergentes pedem à UE que abra seus mercados agrícolas, enquanto os europeus reivindicam aos Estados em desenvolvimento uma liberalização das importações industriais e aos EUA que cortem os subsídios a seus produtores.