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Unica critica posição de Mantega sobre aumento da mistura de etanol na gasolina

De acordo com a presidente da Unica, dez usinas podem fechar neste ano em função de dificuldades financeirasA declaração desta quarta, dia 23, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que "esse não é o momento" para elevar a proporção de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27,5%, desagradou ao setor sucroalcooleiro.

– Foi uma grande decepção ouvir isso do ministro neste momento – afirmou a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, durante reunião da Câmara Setorial do Açúcar e Álcool, no Ministério da Agricultura.

• Leia também: Estiagem e quebra na produtividade agrícola reduzem oferta de cana para a safra 2014/2015 no Centro-Sul do país

O Ministério da Agricultura garantiu que a elevação da mistura do etanol na gasolina de 25% para 27,5% ainda está sendo estudada. Existe um grupo formado no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio para discutir os efeitos do aumento da mistura de etanol na gasolina, grupo este que conta com a participação dos ministérios da Fazenda e da Agricultura e ainda do Inmetro.

De acordo com o coordenador-geral de Açúcar e Etanol do Mapa, Cid Caldas, o grupo volta a se reunir na próxima terça, dia 29.

– O prazo que nós temos é o mais rápido possível, porque a industria tem que ter prazo para fornecer o produto. Mas não podemos fazer nada que, no futuro, prejudique o consumidor final – disse Caldas.

A mudança é apontada como solução para aumentar a lucratividade do setor, que vive a pior crise da história, segundo a Unica.

– Os custos de produção têm subido bastante nos ultimos cinco anos e não temos condições de repassar porque o preço da gasolina impede. É importante que se faça uma política de longo prazo de precificação de gasolina que o agente de mercado possa qualificar o risco – aponta o diretor-executivo da Unica, Eduardo Leão.

A presidente da Unica disse que dez usinas podem fechar neste ano em função de dificuldades financeiras. Desde 2009, 44 usinas fecharam as portas, segundo ela.

– A única solução para salvar o setor é fazer o que foi feito para os bancos. Fazer um Proer para sanar o setor e ter condições de funcionamento – diz o presidente da Câmara Setorial do Álcool e Açúcar, Luiz Custódio Cotta Martins.

Ao dizer que o governo não está “aberto à negociação”, o presidente da Comissão Nacional da Cana-de-Açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ênio Fernandes, considerou ser o momento de o setor “negociar mais inteligentemente” com o Executivo para reverter a decisão da Fazenda.

– Os produtores [de etanol] estão fazendo muito para ajudar a economia e nós precisamos de um retorno do governo – cobrou Fernandes.

A Federação Nacional dos Plantadores de Cana se reuniu nesta quinta, dia 24, com o ministro da Agricultura, Neri Geller, para cobrar alternativas ao não aumento da mistura. A entidade pediu a volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), imposto zerado pelo governo há dois anos para evitar aumento no preço da gasolina.

A Federação pediu também a redução da alíquota de contribuição do Funrural de 2% para 1% sobre a receita bruta da comercialização da produção agrícola – o recurso arrecadado vai para o INSS. A entidade defendeu o plantio de cana transgênica para reduzir custos das usinas.

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Agência Estado
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