A usina teria capacidade para gerar 350 megawatts (MW) de eletricidade, que seriam enviadas quase exclusivamente ao mercado uruguaio. A opção de construir a usina no Brasil é melhor em termos ambientais do que transportar o carvão em caminhões até território uruguaio, o que deixaria “um rastro de pó no caminho”, pois é um produto poluente, destacou o ministro.
Lobão e o titular de Minas e Energia do Uruguai, Daniel Martínez, assinaram nesta sexta-feira, dia 18, no Rio de Janeiro, um acordo que oficializa a transferência de 72 MW por dia ao Uruguai a partir de hoje, segundo o aprovado recentemente pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Martínez disse que o Uruguai está disposto a investir mais em tecnologias modernas para reduzir o impacto ambiental da nova usina e que, de qualquer forma, o governo uruguaio espera aumentar de 72 MW até 500 MW por dia suas compras de eletricidade brasileira.
Embora não erga a termelétrica no Brasil, o Uruguai financiará a construção da linha de transmissão até território uruguaio, disse Martínez a jornalistas em entrevista coletiva junto com Lobão, na sede do CNPE.
Por enquanto, os 72 MW para o Uruguai provirão de centrais hidroelétricas e serão enviados em qualidade de empréstimo, através de uma estação convertedora entre a fronteira de Rivera (Uruguai) e Santana do Livramento. Pelo acordo, a energia não será paga em dinheiro, mas devolvida quando o país vizinho tiver excedentes, entre setembro e novembro.
? Sempre que os países vizinhos precisarem, vamos ajudar. Neste momento, essa energia não nos é necessária, mas será essencial para eles ? argumentou Lobão.