Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais altos. Apesar do desapontamento com o andamento das conversas entre China e Estados Unidos, a expectativa de corte na safra americana no relatório de outubro do Departamento de Economia dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na quinta, sustentou as cotações.
A alta também encontrou suporte nos dados de colheita e condições das lavouras americanas, divulgados ontem. A colheita está atrasada e o índice de lavouras em boas a excelentes condições caiu, reflexo das baixas temperaturas e do excesso de chuvas no cinturão produtor.
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Até 6 de outubro, a área colhida estava apontada em 14%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 31%. A média é de 34%. O mercado apostava em número de 15%. Segundo o USDA, 53% estavam entre boas e excelentes condições, 32% em situação regular e 15% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 55%, 32% e 13%, respectivamente. O mercado esperava que 55% das lavouras estivessem em boas a excelentes condições.
A China repreendeu fortemente os Estados Unidos nesta terça-feira por adicionarem algumas das principais startups chinesas de inteligência artificial à sua lista de restrição de comércio, diminuindo as esperanças de um progresso nas negociações de alto nível para encerrar a guerra comercial de 15 meses entre as duas potências econômicas.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 5,25 centavos ou 0,57% em relação ao fechamento anterior, a US$ 9,20 1/2 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 9,35 1/4 por bushel, com ganho de 5,75 centavos ou de 0,61%.