O resultado é consequência da expansão da área cultivada no Centro-Sul. De acordo com o relatório, entre 20 a 23 novas unidades de produção deverão entrar em operação nesta safra, “acrescentando canaviais ao parque de produção, além da expansão esperada entre as usinas já existentes”.
A região Centro-Sul está com uma moagem de cana-de-açúcar estimada em 540 milhões de toneladas, elevação de 8% sobre a safra do ano passado. O potencial de colheita se situa entre 550 a 560 milhões de toneladas, dependendo da eficiência de cada usina e também das condições meteorológicas. O relatório lembra que na temporada anterior, problemas relacionados ao clima e à capacidade industrial das unidades limitaram a moagem da cana destinada à produção de açúcar e etanol, sendo que cerca de 30 milhões de toneladas não foram colhidas.
A moagem da safra 2009 já teve início, em meados de março, no Paraná e, em abril, em São Paulo e nos demais Estados que compõem a região Centro-Sul. As regiões Norte e Nordeste deverão moer 65 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 2009/10, mesmo volume registrado no ano passado. A área total cultivada com cana-de-açúcar em 2009/10 no Brasil está estimada em 8,7 milhões de hectares, 8% maior na comparação com os 8,05 milhões de hectares de 2008/09. Já a área a ser colhida efetivamente em 2009/10 é projetada em 8,05 milhões de hectares, aumentando 650 mil hectares contra 2008/09 (7,4 milhões de hectares).
A produtividade esperada para os canaviais brasileiros em 2009/10 é de 77,64 toneladas por hectare, recuo de 4% na comparação com as 80,54 toneladas por hectare obtidas no ano passado, em virtude da redução na aplicação de insumos agrícolas, além de um menor índice de renovação de lavouras e também do manejo não tão adequado, resultados dos menores preços baixos obtidos pelo açúcar e pelo etanol durante os dois últimos anos. Já o rendimento industrial está estimado em 141,36 quilogramas de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, um pouco acima dos 140,36 quilogramas do ano anterior.