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USDA estima supersafra de soja nos EUA e preço desaba quase 5%

Projeções foram bem superiores às estimadas pelo mercado, que recebeu a notícia como uma bomba. A entidade americana também lançou as projeções para a safra brasileira e a argentina

Daniel Popov, de São Paulo
Após a divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que trouxe números bem acima do esperado para a produção e estoques norte-americanos para a temporada 2018/2019, os preços da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) despencaram, em minutos, mais de 4%. As informações são da Safras & Mercado.

A entidade estimou que a produção de soja dos Estados Unidos em 2018/2019 será de 124,8 milhões de toneladas, contra as 117,3 milhões de toneladas da temporada anterior. O mercado, que já se achava otimista apostava em algo parecido com 120,5 milhões de toneladas.

Outro ítem que foi bastante elevado foram os estoques finais em 2018/2019, que agora estão projetados em 21,3 milhões de toneladas. O mercado trabalhava com um número de 17,4 milhões de toneladas. Em julho, a estimativa era de 15,7 milhões de toneladas.

Mundo

O relatório de agosto do USDA, divulgado há pouco, projetou safra mundial de soja em 2018/2019 de 367,1 milhões de toneladas. No relatório anterior, o número era de 359,5 milhões. Os estoques finais foram elevados de 99,27 milhões de toneladas para 105,94 milhões. O mercado esperava por estoques finais de 99,3 milhões de toneladas.

Argentina

A previsão de produção para a Argentina permaneceu em 57 milhões de toneladas. Pelo lado da demanda, destaque para a manutenção da previsão das importações chinesas na casa de 95 milhões de toneladas.

Brasil

Para o Brasil, a previsão da entidade é de uma produção de 120.5 milhões de toneladas, mesmo número do ano anterior e mesma quantidade esperada pelo mercado.

Bolsa despenca

Minutos antes da divulgação do relatório do USDA os preços da soja trabalham em queda, se comparados ao valor da abertura, mas ainda assim estavam acima da casa dos 8,86 por bushel. Após o anúncio os valores atingiram em poucos minutos uma desvalorização de US$ 0,20 cents, a US$ 8,66, queda de 4%. Seguindo esta tendência em pouco tempo o valor mínimo do dia foi registrado, US$ 8,51 por bushel.

No final, a cotação do contrato de setembro 2018 fechou em US$ 8,50, ou seja, queda de 4,73%. A posição novembro de 2018 fechou cotada a US$ 8,61 por bushel, retração de 42,25 centavos de dólar por bushel, equivalente a 4,67%

Veja a entrevista do analista Marcos Araújo no programa Mercado & Companhia sobre o assunto:

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