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USDA prevê queda de 3,28% na produção de soja ante 2015/2016

Estimativa do USDA para a safra brasileira também foi reduzida, de 100 milhões para 99 milhões de toneladas

Fonte: Paraná Cooperativo/divulgação

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou nesta terça, dia 10, a produção de soja do país em 2016/2017 em 3,800 bilhões de bushels (103,43 milhões de toneladas), um volume 3,28% inferior ao estimado para o ciclo 2015/2016, de 3,929 bilhões de bushels (106,94 milhões de toneladas). As projeções foram divulgadas no relatório mensal de oferta e demanda de maio, o primeiro a apresentar números para a safra 2016/2017.

O USDA projetou área plantada de 82,2 milhões de acres (33,26 milhões de hectares), a mesma do relatório de intenções de plantio de 31 de março. O número representa queda de 0,60% ante a temporada 2015/16. Já o rendimento foi estimado em 46,7 bushels por acre (3,14 toneladas por hectare), 2,71% menor do que o obtido há um ano.

Em termos de consumo, o USDA estimou a exportação dos EUA em 2016/2017 em 1,885 bilhão de bushels (51,31 milhões de toneladas), enquanto o esmagamento foi projetado em 1,915 bilhão de bushels (52,12 milhões de toneladas). Com isso, o USDA previu que o estoque final norte-americano em 2016/2017 somará 305 milhões de bushels (8,30 milhões de toneladas), 23,75% abaixo do volume estimado para o ciclo anterior.

O USDA também ajustou suas projeções para a safra 2015/2016 norte-americana. Um dos principais cortes foi na previsão para o volume que restará armazenado no fim do atual ciclo. Agora, o USDA prevê 400 milhões de bushels (10,89 milhões de toneladas), ante 445 milhões de bushels (12,11 milhões de toneladas) em abril.

O governo norte-americano manteve as previsões referentes à produção, mas alterou as de demanda. Segundo o USDA, a exportação dos EUA deve chegar a 1,74 bilhão de bushels (47,36 milhões de toneladas), ante 1,705 bilhão de bushels (46,41 milhões de toneladas) previsto no mês passado. O esmagamento foi estimado em 1,880 bilhão de bushels (51,17 milhões de toneladas), superando a previsão de abril, de 1,870 bilhão de bushels (50,90 milhões de toneladas).

Algodão

O USDA estimou produção de 14,80 milhões de fardos no país em 2016/2017 (3,22 milhões de toneladas), 14,82% acima do estimado para o ciclo 2014/2015. A área plantada nos EUA foi estimada em 9,56 milhões de acres (3,87 milhões de hectares) em 2016/17, a mesma do relatório de intenções de plantio de 31 de março. O número representa avanço de 11,42% ante 2015/16. O USDA previu ainda rendimento de 807 libras-peso por acre (720,11 quilos por hectare), 5,35% acima do obtido um ano antes.

O USDA projetou exportação dos EUA em 2016/2017 de 10,50 milhões de fardos (2,29 milhões de toneladas). Com isso, o estoque final de 2016/17 foi estimado em 4,70 milhões de fardos (1,02 milhão de toneladas).

A previsão de consumo interno foi mantida em 3,60 milhões de fardos (783.792 toneladas). Mas a projeção de exportação caiu de 9,50 milhões de fardos (2,07 milhões de toneladas) para 9 milhões de fardos (1,96 milhão de toneladas).

Açúcar

A projeção de produção doméstica de açúcar subiu em 1,61%, de 8,792 milhões de toneladas curtas (7,976 milhões de toneladas) para 8,933 milhões de toneladas curtas (8,1 milhões de toneladas). Com isto, aumentou em 7,65% sua previsão de estoques finais domésticos de açúcar na temporada 2015/16, para 1,743 milhão de toneladas curtas (1,58 milhão de toneladas), ante o volume de 1,619 milhão de toneladas curtas (1,469 milhão de toneladas) previsto em abril.

O USDA elevou sua estimativa para importação dos EUA em 0,68%, para 3,231 milhões de toneladas curtas (2,93 milhões de toneladas). Em abril, a previsão era de 3,209 milhões de toneladas curtas (2,911 milhões de toneladas).

Brasil e Argentina

De acordo com o relatório, houve redução na estimativa para a safra de soja da Argentina, por causa das fortes chuvas que atingiram o país no mês passado. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA disse que a produção argentina em 2015/2016 deve ser de 56,5 milhões de toneladas. Em abril, o governo dos EUA tinha projetado a colheita em 59 milhões de toneladas.

A previsão do USDA para a safra brasileira também foi reduzida, de 100 milhões para 99 milhões de toneladas. Analistas projetavam 99,1 milhões de toneladas. A colheita brasileira de milho foi reduzida de 84 milhões para 81 milhões de toneladas, enquanto o mercado esperava 80,2 milhões. Já a expectativa para a safra argentina foi cortada de 28 milhões para 27 milhões de toneladas. Analistas esperavam 27,4 milhões.

Segundo Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting, o USDA pode reduzir novamente sua estimativa para a produção brasileira de milho caso o clima continue seco em regiões de cultivo do país.

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