Já os fornecedores deveriam alcançar a marca de 20% para o mesmo período. De acordo com o balanço da safra 2010/2011, as usinas mecanizaram 70,3% e os fornecedores 21,1% das suas áreas colhidas. Os terceirizados representam 30% da área cultivada no Estado.
O balanço apontou que dos 4.728.133 milhões de hectares de cana, 2.627.023 milhões foram colhidos por máquinas. Pelo protocolo, a partir de 2014 as áreas mecanizáveis não poderão mais utilizar a queima.
De acordo com a SMA, com a assinatura do Protocolo Agroambiental em 2007, 3,8 milhões de hectares de cana deixaram de ser queimados. Isso significa que 14,2 milhões de toneladas de poluentes e 2,4 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser emitidos.
Maior produtor dessa cultura agrícola no Brasil, o Estado de São Paulo responde por 70% da cana no país e por 17% da produção de etanol do mundo. Em 2010, foram colhidos 4,7 milhões de hectares de cana. A previsão para a safra 2011/2012 é de 5,2 milhões de hectares de área colhida. Até 2014, a expectativa é que sete milhões de hectares sejam cultivados no Estado.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram um aumento dos focos de incêndios em São Paulo em 2010. Desde 2006, as queimadas no Estado estavam em queda livre.
Segundo a SMA, 2010 foi um ano atípico e de muita seca, o que culminou no registro de 2.837 mil ocorrências de queimadas contra 1.39 mil em 2009. Do total de área colhida em São Paulo, 4% foram queimadas por incêndios diversos. Com isso, 27 máquinas colhedoras foram perdidas nas lavouras paulistas.
O aumento dos focos de incêndio resultou em autuações pela Polícia Ambiental e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) no ano passado. Em 2009, foram 382 multas, em 2010 o número chegou a 818. Para resolver o problema, o governo está implantando o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, uma ação conjunta da SMA, Casa Militar e Secretaria de Segurança Pública e seus órgãos interligados, como a Polícia Ambiental, a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, a Cetesb, a Fundação Florestal e o Instituto Florestal.
De acordo com a SMA, os resultados do Protocolo também apontam para uma efetiva evolução na produção de biomassa em São Paulo. Das cem usinas cogeradoras de energia, 54 são do Estado paulista. O bagaço da cana, resíduo da moagem, é transformado em energia. Isso representa 30% do potencial de cogeração.
Atualmente, São Paulo é o maior produtor de biomassa do país. Além do bagaço, 32 milhões de toneladas de palha, que sobram da colheita mecanizada, são produzidos nos canaviais paulistas.