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Uso de aviação agrícola é discutido para combate ao Aedes aegypti

Ministério da Saúde só vai aceitar o método se o setor comprovar com estudos científicos a eficiência desta estratégia

Fonte: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Tramita no Congresso Federal uma Medida Provisória que prevê para controle de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, o vírus zika e o vírus chikungunya. Entre as ações que estão sendo discutidas está o uso da aviação agrícola para combater o mosquito nas cidades, mas o Ministério da Saúde quer esperar por estudos mais aprofundados sobre a eficiência, os efeitos e o custo de um combate aéreo.

A estrutura da aviação agrícola no Brasil tem dois mil aviões em 240 empresas, que operam na aplicação de defensivos nas lavouras. Frota que poderia ser utilizada para o combate Do mosquito. Para o Ministério do Meio Ambiente, não existe uma restrição, a decisão de utilizar os aviões cabe aos governos locais.

“É uma decisão local pode até ser estratégica do governo federal em algum caso muito especifico, mas não há uma restrição de aplicação”, salienta da diretora do Departamento de Ambiente Urbano e da secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Faria Veloso.

Para o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agr(Sindag), Nelson Antônio Paim, quer que o Ministério da Saúde adote a estratégia aérea no combate oficial do mosquito e encaminhou ao governo informações que mostram que a medida é eficaz.

“Nos anos 70, no litoral de São Paulo, foi realizado um trabalho para combate de vetores que causam encefalite. Os índices de resultados foram satisfatórios e vários trabalhos feitos no mundo inteiro inclusive nos Estados Unidos utilizam, atualmente, a tecnologia”, diz.

Custo

O custo do combate aéreo é de R$ 00,20 por residência, em cada aplicação, dependendo da região e do tamanho da área. O Sindag quer dar todo suporte para um projeto piloto que possa ser coordenado pelo governo federal.

O Ministério da Saúde prefere que a entidade procure institutos de pesquisa para concluir os estudos com base científica. Para o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Evelim Coelho, além da aviação agrícola, outras ferramentas também dependem de estudos mais aprofundados.

“O uso do mosquito transgênico e da bactéria Wolbachia, além da utilização de mosquitos irradiados, são todas tecnologias em fase inicial de experimentação, algumas mais adiantadas do que as outras, mas obviamente a sua introdução da rotina do combate a dengue passa por uma série de discussões, entre elas o custo e a própria efetividade destas ações”, destaca Coelho.  

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