? Não podemos voltar a uma abordagem rotineira ? afirmou Amano. As informações são da Aiea e da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa.
O diretor-geral lembrou que depois dos episódios no Japão o comportamento do mundo mudou e as pessoas passaram a ter medo da contaminação por radiação.
Depois do terremoto seguido por um tsunami, no nordeste do Japão, foram feitas várias operações na tentativa de conter as explosões e vazamentos nucleares registrados em Fukushima Daiichi. Porém, a empresa que administra a usina reconheceu que está com dificuldades para controlar o vazamento de água contaminada por radiação que segue em direção ao mar.
Pela Convenção sobre Segurança Nuclear, que foi ratificada por 72 países e entrou em vigor em outubro de 1996, tem o objetivo de melhorar a segurança na exploração dos reatores eletronucleares. A cada três anos, os peritos se reúnem para analisar os relatórios enviados por todos os que ratificaram o documento.
A convenção é um instrumento de incentivo e não estabelece a obrigação de adesão. Os acidentes no Japão foram relembrados nesta segunda durante as discussões, quando a Aiea mostrou relatórios informando sobre as danificações registradas nos reatores, o vazamento de água contaminada e as ameaças de explosões.
A agência informou ainda que há relatos de amostras com as presenças de iodo 131, césio 134 e césio 137, mas que as autoridades afirmaram que os percentuais estavam abaixo do considerado arriscado. No entanto, houve registros de contaminação em vegetais marinhos, frutas, peixes, leite e verduras da região.
As cidades que estão em alerta são Chiba, Fukushima, Gunma, Ibaraki, Kanagawa, Quioto, Niigata, Saitama, Shizuoka, Tchigi, Tochigi e Tóquio. Para acompanhar os trabalhos dos especialistas no Japão, a Aiea enviou dois peritos em tecnologia. Por segurança, a área localizada no raio de 20 quilômetros ao redor de Fukushima Daiichi foi esvaziada.