Em seu discurso, a própria presidente argentina, Cristina Kirchner, ressaltou o projeto de compra de 20 aviões da Embraer pela Aerolíneas Argentinas e o investimento de uma “grande companhia” a partir de 2010. Cristina não deu detalhes, mas referiu-se à programação da Vale de investir US$ 4,118 bilhões no desenvolvimento de uma mina de potássio na Patagônia.
O investimento da Vale na Argentina depende ainda de aval do conselho de administração da companhia. Atualmente, um dos empecilhos à injeção de recursos de empresas brasileiras no país vizinho tem sido o imposto cobrado retroativamente pelo governo argentino. Essa pendência não chegou a ser abordada durante o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina, segundo o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge. Dados do Banco Central mostram que o total consolidado de investimentos diretos brasileiros no país vizinho alcança US$ 9,5 bilhões.
Plano é o segundo mais robusto da companhia
Em 2010, a Vale injetará apenas US$ 304 milhões nesse projeto. O valor corresponde a apenas 2,3% do investimento total da companhia nesse período, que deverá alcançar US$ 12,894 bilhões. Mais de US$ 3 bilhões serão escoados na Argentina nos anos seguintes.
No orçamento da empresa, o projeto na Argentina é o segundo mais robusto. O primeiro, relativo à exploração de ferro na Serra Sul de Carajás (PA), exigirá investimento de US$ 11,297 bilhões.