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Segundo o produtor Claudio Barbosa, o calor fez com que os cachos amadurecessem antes do tempo.
– O calor está muito forte e contribui para o amadurecimento da banana. Estamos perdendo metade da produção – lamenta o produtor.
– A banana é muito dependente da água para o seu desenvolvimento. Ela exige pelo menos oito milímetros de água ao dia, isso quer dizer, oito litros de água por metro quadrado. Entre dezembro, janeiro e fevereiro no Vale do Ribeira teve uma condição atípica, de calor excessivo e altas temperaturas – explica o engenheiro agrônomo da Abavar, Aguinaldo Oliveiro.
Segundo o engenheiro, doenças como a sigatoka também atrapalharam a safra, aumentando a necessidade de pulverizações. A praga resseca as folhas prejudicando o crescimento dos frutos.
– A bananeira precisa das folhas verdes para fazer fotossíntese, que é o processo de transformar os nutrientes que ela extrai do solo em uma seiva que vai engordar o fruto. Quando se perde a folha, não se tem fotossíntese – salienta.
Uma situação que, segundo o engenheiro, só deve melhorar com apoio de políticas públicas.
– Se houvesse um programa de fortalecimento da bananicultura paulista, aonde previsse incentivo à instalação, reformas de área e irrigação, nos tornaríamos altamente competitivos com outras regiões que já recebem esses tipos de programas – conclui.
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