As estatísticas divulgadas pelo Mapa evidenciam a crise enfrentada pelo setor do café, pois sua estimativa de VBP para 2013 é a que sofreu maior redução em relação ao ano passado (32%), considerando todos os produtos vegetais e pecuários analisados. Caso a estimativa se confirme, o café será rebaixado da quarta para a quinta posição no ranking das culturas que geram mais renda no Brasil, sendo ultrapassado pela citricultura.
É válido salientar que o setor citrícola, recentemente, enfrentou severa crise de preços e ainda está em recuperação, após receber medidas de apoio do governo federal. É esperado, portanto, que o governo estenda as medidas de socorro à cafeicultura, para que o setor não perca ainda mais espaço na economia do país e, assim, suprima a competitividade do cafeicultor nacional.
Mercado internacional
As cotações do café arábica tiveram um movimento de recuperação no acumulado da semana até o fechamento de quinta, dia 18, na bolsa de Nova York, com o contrato julho/2013 voltando a romper a barreira de US$ 1,40 por libra-peso. Na segunda-feira, os futuros testaram a mínima em quase três anos, mas resistiram e fecharam acima desse patamar, o que fez com que os investidores reduzissem suas apostas na queda das cotações.
Por outro lado, alguns traders mais baixistas creem que o movimento de ontem não implica mudança de tendência, mas sim uma recuperação momentânea. O embasamento dos pessimistas se mantém na especulação sobre uma safra mundial maior que o previsto, a qual supriria as perdas que ocorrerão em função do surto de ferrugem na América Central.
O mercado do robusta, por sua vez, permanece firme em Londres, com preços variando em torno do mesmo patamar dos últimos 12 meses.