? O número pode ser ainda maior nas avaliações dos próximos meses, já que os preços usados no cálculo da pesquisa ainda são de novembro de 2010 ? avalia José Garcia Gasques, coordenador de Planejamento Estratégico do ministério e responsável pelo estudo.
Soja e algodão são os produtos que puxaram para cima o Valor Bruto da Produção no Centro-Oeste, principalmente no Mato Grosso, onde o resultado deverá ser 55,4% superior ao verificado em 2010. A pesquisa informa um VBP de R$ 31,6 bilhões no estado. Somente o valor da produção do algodão, em Mato Grosso, deve crescer 133% em 2011.
Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que safra 2010/2011 de algodão no Mato Grosso será 70,4% maior que a obtida no ciclo 2009/2010. A produção deve chegar a 994 mil toneladas contra 583,5 mil toneladas colhidas na safra anterior. A área plantada também terá aumento expressivo ─ 56,3% ─ alcançando 669 mil ha. No país, a produção estimada da pluma é de 1,9 milhão de toneladas, o maior da história.
Além do Centro-Oeste, as regiões Nordeste (14,9%) e Norte (0,04%) devem ter crescimento no valor da produção em 2011. No Norte, destaque para a mandioca produzida, principalmente, no Pará. No Nordeste, o valor conjunto das lavouras como algodão, banana, soja, milho e feijão resulta em um desempenho positivo.
Em São Paulo, os bons números da laranja compensam a queda no VBP da cana-de-açúcar. Em Minas Gerais, com VBP previsto de R$ 18 bilhões (1,6%) os resultados foram favorecidos pelo aumento do valor da produção de café e milho.
Brasil
Considerando o Valor Bruto da Produção Nacional, as lavouras com melhor desempenho são uva (53,9%), algodão (46%), feijão (34,4%), laranja (12%) e mandioca (11,8%). Terão também crescimento, mas em menor proporção o arroz, a banana, o café, o milho e a soja. O VBP da uva deve alcançar R$ 4,3 bilhões; o do algodão, R$ 4,5 bilhões; o do feijão, R$ 7,8 bilhões; o da laranja, R$ 13 bilhões e o da mandioca, R$ 6,6 bilhões. A soja, produto com maior valor entre as lavouras analisadas, terá aumento de 6% e deve chegar a R$ 48 bilhões.
O trigo (- 25,8%) e a cebola (- 62,5%), em contrapartida, terão queda no valor da produção.