O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deve atingir R$ 606,2 bilhões em 2019, com base nos dados de setembro. A projeção indica um aumento de 1,7% em comparação ao valor alcançado em 2018, que foi de R$ 596,1 bilhões.
Conforme a projeção, “as lavouras representaram um faturamento bruto de R$ 398 bilhões e a pecuária, R$ 208 bilhões. A pecuária teve crescimento real de 6,4% em relação a 2018, e as lavouras retração de -0,6%”.
De acordo com a Secretaria de Política Agrícola, os setores que apresentam aumento real do VBP são: algodão (+18,2%), banana (+19,5%), batata-inglesa (+107,4%), feijão (+58,8%), mamona (+37,9%), milho (+23,5%) e tomate (+13,2%). “Outros como o amendoim, laranja e trigo também vêm apresentando crescimento do valor da produção”, diz a nota da secretaria.
Já outros grupos apresentaram retração do faturamento nas projeções deste ano: arroz (-5,5%), café (-27,2%), cana de açúcar (-9,3%), mandioca (-13,2%), soja (-12,1%) e uva (-6,1%). “Estes têm exercido uma dupla pressão sobre o VBP, pois tanto seus preços quanto às quantidades retraíram-se neste ano”.
O desempenho da pecuária tem sido favorável este ano. “Com exceção do leite, que apresenta redução de valor em relação ao obtido em 2018, os demais apresentam desempenho favorável. Destacam-se os aumentos do VBP de suínos, 9,5%, frango, 12,8% e ovos, 21,4%. Observamos que carne bovina também apresenta neste ano posição superior à do ano passado”.
Em relação aos dados por região, o Centro-Oeste lidera com VBP estimado de R$ 177,79 bilhões. Em seguida, aparecem Sudeste (R$ 145,4 bilhões), Sul (R$ 141,7 bilhões), Nordeste (R$ 56,9 bilhões) e Norte (R$ 36,9 bilhões).
O que é VBP?
O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento. Calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária, e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil.
O valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas. A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês.