Divulgado na última quarta, o relatório apresentou reduções no safra americana, agora estimada em 90,602 milhões de toneladas (-1,36%), e Argentina, projetada para alcançar 50,5 milhões de milhões de toneladas (-2,88%). Os estoques finais do grão nos Estados Unidos para o período 2010/2011 também tiveram uma baixa: estimados em 3,81 milhões de toneladas (-15,15%), ficaram aquém da expectativa média do mercado, de 4,3 milhões de toneladas. Todos os esses fatores impactaram na bolsa e ajudam a explicar a alta do grão, como observa o diretor da Capital Corretora, Farias Toigo:
? O mercado está caminhando para o recorde de 2008, quando chegou a US$ 16,58. Se realmente esses fatores se confirmarem, os preços serão puxados para cima.
Como o governo brasileiro vem adotando medidas para conter a desvalorização do dólar, o cenário pode ficar ainda mais favorável. Até porque, como observa o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS), Rui Polidoro Pinto, se a moeda americana fica em baixa, anula o efeito da alta da soja na bolsa para o produtor daqui.
? De qualquer forma, é uma boa perspectiva para a produção brasileira ? completa Polidoro.