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Vanguarda Agro cultivará área menor de soja para cumprir plantio até dia 5 de novembro

Companhia opta por plantar dentro do limite do melhor período, para garantir alta produtividadeA Vanguarda Agro reduzirá a área de soja na temporada 2014/2015 em 13,6 mil hectares, para 151,498 mil hectares. O diretor presidente da companhia, Arlindo de Azevedo Moura, disse em teleconferência com analistas que a redução visa a garantir que toda a área destinada à oleaginosa seja implantada até o dia 5 de novembro.

A data encerra, na avaliação de Moura, o período ideal de semeadura para “não perder produtividade”. O clima seco em Mato Grosso durante o mês de outubro atrasou o plantio da soja na temporada.

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Parte dos hectares que seriam cultivados com soja será destinada a algodão de primeira safra, semeado em dezembro. Com isso, a área destinada à pluma de primeira safra deve dobrar para 13,45 mil hectares, ante os 6,62 mil hectares previstos inicialmente. Em segunda safra, semeada em janeiro, a área foi reduzida de 25,15 mil hectares para 10,88 mil hectares.

A mudança no mix de culturas fará crescer a área de milho safrinha, segundo Moura. Serão cultivados 45,02 mil hectares com o cereal, ante os 38,36 mil hectares projetados na primeira intenção de plantio.

No entanto, o executivo afirmou que a companhia também respeitará a melhor janela de cultivo, até 25 de fevereiro. Se a Vanguarda não conseguir cumprir todos os hectares previstos até esta data, reduzirá a área prevista.

– Vamos parar de plantar mesmo que toda a área não seja cumprida – disse.

O executivo afirmou que a companhia tem meta de rendimento de 110 sacas por hectare, acima das 90 sacas por hectare obtidas na temporada 2013/2014. Segundo ele, a produtividade média da safra passada foi puxada para baixo pelas áreas semeadas até 10 de março, que tiveram rendimento de 70 sacas por hectare.
 
Resultado no 3º tri é consequência da queda de preços de commodities

A Vanguarda afirmou nesta sexta, dia 31, que o resultado negativo da companhia no terceiro trimestre de 2014, divulgado nesta quinta, dia 30, reflete principalmente a queda dos preços internacionais das commodities agrícolas e o atraso no faturamento das vendas de algodão.

A empresa registrou prejuízo de R$ 53,9 milhões no período, redução de 19% ante as perdas reportadas no terceiro trimestre do ano passado, de R$ 66,488 milhões.

O diretor financeiro e de relações com investidor da Vanguarda, Cristiano Soares Rodrigues, lembrou que a avaliação de ativos biológicos é feita a preços de mercado na colheita, que foram inferiores aos contratos que haviam sido fixados pela companhia.

Algodão e milho têm maior impacto sobre os resultados do terceiro trimestre. No caso da pluma, colheita e beneficiamento sofreram atrasos pelas chuvas durante o mês de julho, o que retardou também o faturamento da parcela já vendida da produção.

O preço médio de venda da safra 2013/2014 do algodão foi de 88 cents de dólar por libra-peso, mas dos 75% vendidos a este valor apenas 25% estavam faturados. No caso do milho safrinha 2013/2014, 91% da safra está comercializada a US$ 6,54 por saca e apenas 62% faturados. Os preços do milho foram fortemente pressionados no trimestre pela colheita recorde nos Estados Unidos, mas passaram por recuperação em outubro.

Do lado das despesas operacionais, a Vanguarda destacou a venda das unidades de biodiesel da companhia a R$ 18,2 milhões, que resultaram em despesas de R$ 6,7 milhões no terceiro trimestre, queda de 66,6% ante os 20,084 milhões registrados em igual período de 2013. As unidades estavam fora de operação e a companhia buscava comprador há anos.

Agência Estado
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