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Vanguarda Agro vende esmagadora de grãos e usina de biodiesel no Rio Grande do Sul

Empresa gaúcha Camera comprou as duas unidades por R$ 58 milhõesA venda de uma esmagadora e de uma usina de biodiesel, localizadas no Rio Grande do Sul, pela Vanguarda Agro (ex-Brasil Ecodiesel) faz parte da estratégia de recuo no investimento em ativos de biodiesel que não forem rentáveis, de acordo com o presidente da empresa, Bento Moreira Franco. Segundo ele, a Vanguarda Agro decidiu se desfazer da esmagadora de grãos localizada em São Luiz Gonzaga (RS) e da usina de biodiesel de Rosário do Sul (RS) porque análises mostraram que elas não teriam competiti

? O Rio Grande do Sul possui um excesso de oferta de biodiesel e pouca demanda, o que derruba as margens dos preços nos leilões. O ajuste logístico introduzido no último leilão acabou beneficiando as usinas localizadas no Norte e Nordeste, reduzindo ainda mais a competitividade da operação do Rio Grande do Sul ? disse Franco.

Com a venda da unidade de Rosário do Sul, a Vanguarda Agro permanece com outras cinco usinas, três localizadas no Nordeste e duas no Norte.

? Vamos operar estas usinas porque o ajuste logístico tornou-as mais rentáveis ? afirma o presidente da empresa.

No entanto, a estratégia da empresa continua sendo a de buscar a maior rentabilidade das operações. De acordo com o presidente da empresa, se esta rentabilidade vier da venda dos ativos ou de uma parceria estratégica, ela será feita.

Os dois ativos do Rio Grande do Sul foram vendidos por R$ 58 milhões. Segundo Franco, o acordo final ainda não foi fechado e as empresas estão em fase de análise jurídica das documentações das empresas (due dilligence). O acordo final deve ser assinado em 30 dias.

A compradora

A empresa gaúcha Camera foi a compradora da fábrica de óleos e farelos e da usina de biodiesel. Atuando em diferentes áreas do agronegócio, como agricultura, alimentos e energia, a Camera, com sede em Santa Rosa, passou a trabalhar com o biodiesel em 2009. Embalada pela bom desempenho da fábrica de Ijuí, que hoje tem capacidade de produção diária de 400 mil litros ? a ser aumentada para 650 mil litros por dia com uma recente ampliação feita na unidade ?, a empresa enxergou uma possibilidade de crescimento a partir das estruturas da Vanguarda.

? Temos uma operação que gera sinergia com essas duas unidades. Elas estão muito integradas ao nosso contexto ? explica Roberto Kist, diretor de operações da Camera.

Mas o principal atrativo veio da possibilidade de ganhar envergadura na produção de biodiesel. Segundo Kist, com a aquisição, a produção pode alcançar mais de um milhão de litros diários, alçando a empresa à lista das 10 maiores produtoras do país.

? Isso reforça a capacidade, a robustez do biodiesel gaúcho. Hoje, o Rio Grande do Sul é exportador para outros Estados e produz um terço do combustível nacional ? diz João Artur Manjabosco, gerente da unidade de negócios biodiesel da empresa.

Além de elevar a produção do combustível, o negócio impulsiona a capacidade de esmagamento de grãos da Camera para cinco mil toneladas por dia.

Para o presidente da União Brasileira de Biodiesel (Ubrabio), Odacir Klein, o negócio traz uma grande vantagem ao Estado, que é a garantia de movimentação dessas unidades.

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