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Economia

Variação do PIB do Brasil na década poderá ficar em zero, diz FGV

Estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas considera uma queda de 5,4% no PIB de 2020; se confirmada, será a maior retração anual da história do país

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Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O crescimento médio anual da década poderá ficar em zero, estima um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). O levantamento se baseia em projeções mais atualizadas para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.

Essa conta considera uma queda de 5,4% no PIB de 2020, projeção atualizada pelo Ibre/FGV na semana passada. Se confirmada, será a maior retração anual da história do país. Atualmente, a maior queda de que se tem registro, de 4,35%, é a de 1990 – a mais antiga série estatística para o PIB disponível no país, compilada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Se a nova recessão que agora se inicia por causa da pandemia do novo coronavírus poderá levar 2020 a ser o pior ano da história para a economia, o desempenho da segunda década já seria um recorde negativo, mostra o estudo do Ibre/FGV. Considerando a projeção anterior para 2020, de crescimento de 2% no PIB, os anos 2010 teriam um avanço médio anual de tímido 0,8%.

Para Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre/FGV e coautora do estudo com Paulo Peruchetti, o fato de a década se encerrar com mais uma recessão poderá levar a próxima década, que se inicia em 2021, a registrar desempenho econômico pífio também.

“Essa pandemia vem, num certo sentido, não só para tornar a década ainda pior, mas para dificultar a visão de futuro”, afirmou Silvia.

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