Durante todo este período não será permitida a presença de plantas vivas de soja em áreas sob sistema de irrigação, de cultivo tradicional ou qualquer outra forma. As exceções são indicadas na Instrução Normativa 007/2014 publicada na edição do Diário Oficial do Estado, desta quarta, dia 22. O documento trata das medidas fitossanitárias para prevenção e controle da ferrugem asiática da soja no Estado de Mato Grosso.
• Aumento do vazio sanitário em Mato Grosso causa divergência entre produtores
Aprosoja-MT discorda de novo período de vazio sanitário
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) divulgou nota, na qual discorda da nova data para a proibição do plantio de soja no Estado. O presidente da Associação, Ricardo Tomczyk, acredita que o ideal seria aumentar o fim do período para 30 de setembro para que diminua a janela do plantio, sem alterar a data de início.
– A soja colhida antecipadamente acaba disseminando inóculos da ferrugem asiática para outras lavouras, quando não controlado corretamente – explica.
Tomczyk reforça que a discussão está focada em uma pequena área de plantio de soja safrinha, que representa menos de 2% do total cultivado em Mato Grosso.
– Estamos discutindo a eficiência de fungicidas e o impacto nas lavouras, mas os órgãos competentes tentam resolver um pequeno problema e deixam de fora 98% da área de soja do Estado – destaca.
A Aprosoja-MT entende que há problemas técnicos no manejo da safrinha de soja, mas ressalta que este período de vazio sanitário irá impactar fortemente no mercado de sementes.
– Na safrinha há a produção de sementes salvas e isso é uma forma de regular o mercado, fato importante para o produtor – diz Tomczyk.
Conforme a nota, além da preocupação com a safra de soja, há outros setores que também serão impactados com a medida, a exemplo dos produtores de algodão e girassol.
– A discussão precisa ser reaberta para chegarmos a um consenso – frisa o presidente.