Em uma propriedade do município de Cristalina, a lavoura de 8 mil hectares foi destruída logo depois da colheita do algodão.
– Foi uma destruição mecânica, com equipamentos. Quando surgem os rebrotes a gente desseca com herbicida e inseticida juntos para se tiver alguma praga, principalmente o bicudo, estarmos destruindo junto – afirma o coordenador de produção José Eduardo Seelfed.
O vazio sanitário da cultura é seguido à risca e tem trazido resultados econômicos positivos.
– Diminuiu drasticamente os bicudos. Hoje a gente trabalha com índice próximo a zero. Pegando desde o início do vazio sanitário, quando os dados eram alarmantes, o custo é proporcional à pressão da praga então. Hoje conseguimos trabalhar com níveis mais baixos – explica Seelfed.
Goiás é o terceiro maior produtor brasileiro de algodão. Desde 2004 o vazio sanitário do algodão é obrigatório. O período varia de acordo com a região, mas é programado sempre para depois da colheita, entre os dias 30 de agosto e 5 de dezembro.
– O objetivo que a gente tem é baixar a população do bicudo no inicio da próxima safra do algodão. Uma população baixa de bicudo permite ao produtor reduzir os custos do controle da praga – afirma o fiscal agropecuário da Agrodefesa de Goiás, Marcelo Corte Real da Silva.
A fiscalização é feita pela Agrodefesa do Estado. Quem descumprir a determinação paga multa de R$ 2,5 mil e é obrigado a destruir a lavoura.
– Nessa época não pode ter planta viva de algodão. Se por ventura existir uma planta voluntária porque ele não fez a destruição correta dos restos a multa é de R$ 250 por hectare – diz Silva.
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