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Pecuária

Veja como fazer uma enxada química para controle de plantas invasoras

A aplicação de herbicidas por contato acaba sendo uma alternativa mais eficiente do que a pulverização, evitando a morte de forrageiras por acidente

enxada química embrapa
Enxada química. Foto: Manuela Bergamim de Oliveira/Embrapa

Pecuarista, quer saber como fazer uma enxada química para controle de plantas invasoras desde o início da produção? Manual da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) ensina como.

O manejo correto a partir da aplicação no início dos trabalhos faz com que haja um maior potencial em produções pecuárias, por conta da maior capacidade competitiva das espécies forrageiras e pela possibilidade de controle das plantas rejeitadas pelos animais através do corte estratégico (roçadas), onde o material cortado entra na ciclagem de nutrientes melhorando as condições gerais do solo.

Aliado a isso, há uma maior dificuldade na obtenção de herbicidas seletivos, principalmente em pastagens naturais, visto que nesse ambiente de elevada diversidade florística, com espécies indesejáveis como as leguminosas forrageiras, de elevado valor nutricional. Sendo assim, herbicidas específicos quando aplicados em vegetações nativas, pode levar ao desaparecimento de leguminosas forrageiras bem-vindas.

Com isso, surge como opção para o controle químico de plantas invasoras em pastagens, a aplicação de herbicidas não seletivos por contato, como glifosato, de forma localizada. A enxada química, utiliza canos onde o cabo contendo o herbicida fica armazenado, e por conta da ação da gravidade, o liquido é drenado pela corda de poliéster, que permanece embebida possibilitando a aplicação por contato, sem a necessidade de pulverização.

Itens necessários

  • Cano de PVC com 100 cm de comprimento, com diâmetro de 25 mm (reservatório)
  • 2 canos de PVC com 20 cm de comprimento, com diâmetro de 20 mm (hastes de distribuição)
  • 2 canos de PVC com 4 cm de comprimento, com diâmetro 20 mm (adaptador da corda)
  • 2 canos de PVC com 3 cm de comprimento, com diâmetro de 20 mm (conexão)
  • 2 luvas 20 mm x 1/2 polegada
  • Luva 25 mm x 20 mm
  • Luva 25 mm (lisa) x 3/4 polegada (rosca)
  • Tampa ¾ polegada com rosca
  • Conexão “T” 20 mm
  • 2 joelhos (90º)
  • Lixa 100
  • Tubo de cola para cano plástico
  • Registro simples de corte rápido (1/2 polegada)
  • 80 cm de corda de poliéster nº 16
  • 150 cm de arame de aço
  • 2 pregos 10×10 ou 12×12

As medidas acima são apenas uma base para montagem do equipamento, elas podem ser adaptadas de acordo com o usuário

Montagem

Antes de proceder qualquer colagem, lixe previamente as superfícies externas do cano e a interna das luvas, de forma a garantir uma boa aderência da cola. Após isso, cole nas extremidades do cano de 25 mm (item 1), o adaptador para tampa (item 7) e o redutor de fluxo (item 6). Cole com o auxílio de uma das conexões (item 4), o registro de corte (item 13) ao redutor de fluxo (item 6) e deixe o conjunto secar. Cole o “T” (item 9) aos pedaços de cano (2) e, nas extremidades desses, os joelhos (item 10). Em cada um dos joelhos cole os adaptadores da corda (item 3).

Após isso, deixe o conjunto secar. Depois de secar, fure com uma broca fina ou com a ponta do prego (item 16) os dois lados da parte central dos adaptadores, de modo a permitir, após a colocação da corda, que o prego atravesse a mesma fixando-a ao adaptador.

Detalhe da fixação da corda ao adaptador Foto: Embrapa

Corte um pedaço de corda (item 14) suficientemente grande para cobrir a distância entre os dois adaptadores, acrescentando cerca de 20 cm para facilitar a conexão e melhorar o afluxo da calda herbicida para a corda. Antes de cortar a corda, utilize para o procedimento um estilete afiado, cole na circunferência do local a ser cortado uma volta de fita crepe. Esse procedimento evita que a corda desfie e facilita a introdução das extremidades da mesma nos adaptadores (item 3).

Após cortar a corda, corte um pedaço de arame de aço rígido suficientemente grande para atravessar toda a extensão da corda e passar pelo último conjunto montado (itens 2, 9 e 10), deixando as duas extremidades do arame na saída do “T”. Antes de unir as extremidades do arame, molde, conforme a figura, a corda aplicadora. Após esse processo, introduza as extremidades da corda dentro dos adaptadores, fixando-a com os pregos (item 16), cortando a ponta excedente dos mesmos.

Com o auxílio de um alicate, una as extremidades do arame enrolando-as de forma a deixá-las centralizadas na saída do “T” (item 9), cortando o excesso.

Centralização e corte do arame na saída do “T” Foto: Embrapa

Para finalizar, una o “T” (item 9) com o registro (item 13) utilizando a conexão (item 4) e a luva (item 5). Espere secar, introduza água, abra o registro e deixe na posição de uso (com a corda para baixo) e verifique se existe algum vazamento, o qual deverá ser reparado antes do uso.

Aplicador manual de herbicida por contato Foto: Embrapa
Instruções para uso

Apesar do aplicador manual não pulverizar o produto, isso não diminui os riscos de intoxicação do operado por inalação, recomenda-se a utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) completo, inclusive luvas e máscara, tanto no preparo da calda herbicida como na aplicação propriamente dita. O preparo da calda deverá ser realizado em embalagem própria, colocando-se uma parte do produto comercial (glifosato) para uma parte de água.

Uma vez preparada a solução, sua utilização deverá se dar em, no máximo, dois dias. Para colocar a solução com herbicida no aplicador deverá ser utilizado um funil, de modo a abastecer o cano reservatório, sendo posteriormente rosqueada a tampa. Após o abastecimento, o aplicador deverá permanecer sempre com a corda voltada para baixo para evitar vazamento.

Dependendo da densidade de plantas a serem controladas e da velocidade de deslocamento do operador, o registro deverá ser regulado de modo a manter a corda embebida e, ao mesmo tempo, evitar o gotejamento. Para aplicar o produto basta passar duas vezes por sobre a vegetação num movimento de ida e volta, com o cuidado para não aplicar sobre as espécies desejáveis. Uma vez que o produto tem ação sistêmica, este circulará pela planta causando a sua morte dentro de alguns dias, de acordo com as condições meteorológicas e fisiológicas da planta.

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