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Veja como foi a passagem da Caravana Soja Brasil por Primavera do Leste

Município é o segundo maior produtor de soja do estado e alguns agricultores confirmaram que estão colhendo um pouco menos por conta do clima

Carolina Lorencetti, de Primavera do Leste (MT)
Mesmo com problemas relacionados ao clima, Mato Grosso ainda deve produzir uma grande safra de 32 milhões de toneladas de soja na temporada. A Caravana Soja Brasil passou por várias lavouras no estado e conversou com os produtores para entender a situação atual. Na última terça-feira, dia 15, foi realizado o primeiro encontro da Caravana em Mato Grosso, direto de Primavera do Leste

Parte do grão colhido por lá está pronto para ir embora e o restante será estocado para garantir as negociações nos próximos meses. O município de Primavera do Leste aumentou em 1% a área plantada nesta safra, se mantendo como segunda maior região produtora de soja do estado. O município colheu até agora apenas 6,6% da área. mas os produtores daqui são os que menos negociaram soja até agora no estado: 37,7% foi vendido. em outras regiões, como a Centro Sul, esse número chega a 56%.

“Acho que o produtor está aguardando para vender sua soja a partir de março ou abril. Claro, que parte ele vai ter que vender antes, para sobreviver e pagar os compromissos. Mas grande parte da comercialização será a partir do encerramento da colheita no Brasil e confirmação das quebras. Na nossa opinião, teremos uma frustração de 10% a 15% no país”, conta José Nardes, presidente do Sindicato Rural De Primavera do Leste.

O encontro com os produtores no Sindicato Rural de Primavera do Leste mostrou o que tem tirado o sono de quem plantou adiantado e esperava um resultado diferente. Para a produtora Patrícia Brunetta ainda não é possível calcular as perdas totais, mas tem colhido apenas 43 sacas por hectare em alguns talhões.

“Iniciamos recentemente a colheita na região de Primavera e também do Araguaia, Algumas regiões vimos uma produtividade menor que nos anos anteriores em virtude da falta de chuva. E temos áreas com produtividade boa, em torno dos 60 sacos por hectare”, conta ela.

O primeiro encontro do ano da Caravana Soja Brasil contou com a lotação máxima do auditório do Sindicato Rural e trouxe para os produtores outras discussões importantes. “A principal mensagem é como nós vamos produzir alimento de forma sustentável, ou seja, essa gangorra entre produzir economicamente e ao mesmo tempo nós preservarmos o nosso principal recurso, que é o meio ambiente”, afirma o palestrante Mauro Osaki, do Cepea.

Para outro palestrante, o pesquisador da Embra Ivan Cruz, se comparar o que você vai pagar pelo agente de controle biológico, com a quantidade de vezes que irá aplicar um produto químico, com certeza o benéfico traz muitas vantagens econômicas. “Nós estamos falando de usar os benéficos não só em uma praga, é direcionado ao sistema de produção. seja olhar o complexo de pragas do cultivo da soja, ou simultaneamente do milho, da soja, do algodão”, diz.

Durante o encontro também deu para ver o que de mais moderno a tecnologia permite nas máquinas agrícolas.

“A máquina está ligada com todo o sistema tecnológico, com a produtividade, correção de solo etc. Ela te dá um mapa completo da situação. Então o pessoal vem investindo pesado nesse tipo de tecnologia para ter uma janela de colheita cada vez menor, com máquinas maiores, custos menores e consequentemente ganho de produtividade e lucratividade bem melhor”, afirma o diretor comercial da Massey Ferguson, Ronaldo Périco.

Para ter lucro, outra ideia apontada durante as palestras é o uso de fungos, bactérias e inimigos naturais das pragas, que pode reduzir pela metade os gastos do produtor. “O biológico está vindo para reduzir custo e ser uma alternativa aos produtos químicos. Com isso, a Aprosoja quer agregar ao seu associado o melhor ganho”, conta o vice-presidente sul da Aprosoja-MT, Fernando Ferri.

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