Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Veja como produzir 80 sacas por hectare gastando pouco

Soja Brasil mostra os segredos do campeão de produtividade do Rio Grande do Sul na última safra, que gasta apenas 25 sacas por hectare atualmente

Manaíra Lacerda | Condor (RS)

O objetivo de todo produtor de soja é conseguir colher muito acima da média brasileira de 50 sacas por hectare. E é possível. O trabalho não é de um dia para o outro, mas a adoção de um manejo correto faz diferença para conseguir boas produtividades.

O Soja Brasil apresenta mais uma história de sucesso de um agricultor campeão de produtividade no Rio Grande do Sul na última safra. Gilberto Maldaner, do município de Condor, produziu no último ciclo 84 sacas por hectare gastando apenas 25 sacas/ha e a expectativa é de uma colheita ainda maior neste ano.

O plantio de soja ocupa 1600 hectares na propriedade. A produção campeã de 84 sacas por hectare poderia ser maior, em alguns talhões a produtividade alcançou 100 sacas por hectare. Maldaner lista algumas práticas que o ajudou a conseguir este bom resultado. Entre as dicas, estão o tratamento de solo, a rotação de culturas, cobertura de solo e irrigação. E o trabalho leva tempo: são 30 anos seguindo essas práticas.

– Desde que eu herdei a terra, nós iniciamos com o plantio direto. Eu fui um dos que começou o plantio direto aqui na região, sempre acreditei nisso e hoje é um sucesso. Outro fator, que acho que foi determinante: em 2004 comecei a agricultura de precisão. Você coloca o que precisa em cada pedaço da área. Então tinha deficiências de calcário, de enxofre, de fósforo, de potássio em todas as áreas e nós procuramos colocar onde realmente precisava – explica o agricultor.

Entre as culturas que integram a rotação estão o milho, a aveia preta e a branca, além do trigo e da cevada. Um dos diferenciais na produção é o consórcio de avia com nabo. As plantas nem chegam a ser colhidas por a ideia é produzir palhada para o plantio direto da soja.

– O nabo tem uma relação carbono x nitrogênio, ele se decompõe mais rápido. Com isso, ele fornece o nutriente para mais rápido para a planta e, com um sistema radicular agressivo, o nabo descompacta o solo. A aveia, ou outra cobertura gramínea que venha cobrir o solo com consórcio com o nabo, protege o solo por mais tempo – orienta o engenheiro agrônomo da cooperativa Cotrijal, Givago Borghetti.

Outra vantagem é que não há dessecação pré-colheita na lavoura de soja.

O produtor também investe alto nas sementes. Para manter este nível de produtividade, o custo de produção é de 25 sacas por hectare atualmente. Gilberto Maldaner faz uma combinação entre nove variedades, todas com a tecnologia RR, resistente ao herbicida glifosato, sendo que 30% também possui a tecnologia Intacta, que controlam o ataque de lagartas.

– Você tem que comprar a semente com um vigor muito bom, você tem que comprar de sementeiras que realmente expressam todo esse potencial, e eu procuro fazer isso. Hoje eu acho que o diferencial está na semente. O solo a gente já fez, os fungicidas, as doenças, os inseticidas, as pragas a gente controla. Eu acho que agora o grande diferencial está na semente – afirma Maldaner.

Veja a reportagem:

>>> Veja mais notícias sobre soja

Sair da versão mobile