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Saiba o que esperar do mercado da soja na semana do Natal

Na semana de Natal, os negócios envolvendo o grão podem diminuir, mas os players permanecem com as atenções voltadas para a guerra comercial entre Estados Unidos e China; confira os destaques

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Foto: Aprosoja Brasil

Na semana de Natal, os negócios envolvendo soja podem diminuir, mas os players permanecem com as atenções voltadas para a guerra comercial entre Estados Unidos e China, esperando por mais detalhes da fase 1 do acordo. Paralelamente, o mercado avalia a demanda pela soja norte-americana neste novo contexto e acompanha o desenvolvimento da safra sul-americana.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana. As dicas são do analista de Safras & Mercado Luiz Fernando Roque:

  • Após o anúncio de que EUA e China concordaram com os termos para a assinatura da fase 1 do acordo comercial, o mercado agora espera por mais esclarecimentos com relação aos detalhes do processo. A principal dúvida para Chicago é qual o volume e os prazos para compra de soja norte-americana pela China.  O presidente norte-americano Donald Trump diz que um dos termos do acordo envolve a compra de US$ 50 bilhões de produtos agrícolas dos EUA pelos chineses. Já a China não confirma esee montante e o mercado especula ser pouco provável que os chineses tenham concordado com um volume tão elevado;
  • As últimas notícias indicam que o montante que será anunciado no acordo é de compras chinesas anuais de US$ 18,7 bilhões de soja, ou 45 milhões de toneladas. Se confirmado, o montante irá superar o recorde de 2016 de exportação de soja dos EUA para China, que foi de US$ 14 bilhões, ou 36 milhões de toneladas;
  • Conforme as recentes indicações dos governos de ambos os países, a fase 1 do acordo comercial será assinada em janeiro de 2020. Só a partir dessa assinatura é que saberemos quais os verdadeiros termos do acordo. Até lá, o mercado continuará especulando;
  • Paralelamente à guerra comercial, o clima na América do Sul continua ganhando força como fator para o mercado internacional. Com o plantio praticamente finalizado no Brasil, a situação geral da safra é positiva. Ainda assim, há preocupação com as lavouras na Bahia;
  • As previsões apontam para pouca ou nenhuma umidade nos próximos 14 dias no oeste baiano, o que deve comprometer o desenvolvimento inicial das lavouras. Apesar disso, ainda é cedo para se falar em perdas irreversíveis;
  • Na Argentina, após um período de pouca umidade, as previsões apontam para bons volumes de chuvas nos próximos 14 dias, o que deve ser positivo para o desenvolvimento das lavouras já semeadas. O potencial da safra sul-americana ainda é recorde.