O cenário para a negociação da soja é positivo para a próxima semana, já que existe um otimismo em torno das negociações entre EUA e China para diminuir a tensão da guerra comercial. Além disso, existe uma atenção em torno do relatório do USDA e as condições climáticas do cinturão produtor norte-americano.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana. As dicas são do analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Roque:
- O mercado volta a centralizar suas atenções na guerra comercial entre Estados Unidos e China. Paralelamente, os players digerem os dados do último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), além de analisar as previsões climáticas para o cinturão produtor norte-americano.
A nova rodada de negociações entre EUA e China, que acontece em solo americano, renovou as esperanças do mercado diante da possibilidade de avanços importantes, e positivos, rumo à resolução da guerra comercial. O mercado acredita que os países podem chegar a um acordo parcial, ou mini-acordo, que deve envolver o comprometimento de novas compras de produtos agrícolas norte-americanos, por parte da China, e um adiamento ou cancelamento de novas tarifas por parte dos EUA. Tal otimismo traz força para Chicago e para o mercado financeiro mundial; - No lado da oferta e da demanda por soja, o mercado também encontra suporte nos últimos números divulgados pelo USDA, que indicaram cortes importantes na safra e nos estoques dos EUA para a temporada 2019/20. Chicago já havia precificado, em parte, os esperados cortes, mas eles devem continuar trazendo suporte no curto-prazo;
- No lado climático, os players analisam as previsões para as próximas semanas para o cinturão produtor norte-americano. As lavouras ao norte do Meio-Oeste sofreram com a onda de frio que chegou nesta última semana, o que pode ter piorado ainda mais a situação das lavouras. Se o clima permanecer frio e úmido, as perdas na safra norte-americana podem aumenta;
- A confirmação de um acordo parcial entre EUA e China somada a estes fatores fundamentais (produção, estoques e clima) podem trazer força para Chicago testar a linha de US$ 9,50 na primeira posição. Os ganhos recentes abrem espaço para correções técnicas negativas, mas o lado fundamental deve continuar trazendo fôlego. O momento é positivo para Chicago.