Falta de acordo entre EUA e China mantém o mercado sobre pressão. Confira as dicas da Consultoria Safras & Mercado sobre o que pode mexer com as cotações
Agência Safras
O mercado de soja em Chicago permanece em compasso de espera por novidades relacionadas à guerra comercial entre Estados Unidos e China. Enquanto isso, os players ficam atentos à evolução da colheita da nova safra dos EUA e a sinais de demanda pela soja norte-americana, além de observar também os trabalhos de plantio da nova safra da América do Sul.
Confira a seguir os fatos que devem merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana. As dicas são do analista Luiz Fernando Roque, da consultoria Safras & Mercado.
- A falta de indicativos de uma evolução nas conversas entre EUA e China para a busca de um eventual acordo comercial continua sendo o principal fator que mantém o mercado pressionado. Sem novidades, não veremos Chicago com força para retomar e permanecer acima da linha de US$ 9 por bushel.
- Após uma primeira quinzena de clima pouco favorável à evolução dos trabalhos de colheita nos EUA, a melhora climática registrada nas últimas duas semanas voltou a trazer pressão negativa em Chicago. Embora a qualidade de parte da soja norte-americana tenha sido colocada em xeque, o volume recorde esperado para colheita é fator negativo de maior peso para os contratos futuros.
- No lado da demanda, os números decepcionantes de embarques e registros de exportação dos EUA atestam que a esperada compensação de parte da queda nas vendas para a China não está ocorrendo conforme o esperado, mesmo com a soja norte-americana “mais barata” no mercado. Tal fato completa o quadro fundamental negativo para Chicago.