O mercado brasileiro de soja começou a semana com pouca oferta e movimentações discretas. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços ficaram instáveis, com algumas oportunidades no disponível, mas com pagamento previsto apenas em fevereiro de 2025, o que acabou desanimando as negociações.
- Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no WhatsApp!
O dólar em alta e a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) em queda trouxeram impactos diferentes ao longo do dia. A valorização do dólar ajudou a sustentar os preços no mercado interno, tornando a soja brasileira mais competitiva lá fora.
“Por outro lado, a queda nos futuros em Chicago deixou o mercado mais cauteloso, com muitos agentes preferindo esperar antes de fechar novos negócios”, diz a consultoria, em nota.
Preços médios da soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): estabilizou em R$ 135
- Região das Missões: se manteve em R$ 134
- Porto de Rio Grande: seguiu em R$ 145
- Cascavel (PR): caiu de R$ 140 para R$ 139
- Porto de Paranaguá (PR): permaneceu em R$ 146
- Rondonópolis (MT): continuou em R$ 144
- Dourados (MS): recuou de R$ 137 para R$ 135
- Rio Verde (GO): avançou de R$ 138 para R$ 140
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. O bom desenvolvimento das lavouras sul-americanas e o desempenho de outros mercado pressionaram as cotações.
De acordo com Safras & Mercado, os olhos do mercado se voltaram para a América do Sul nesta abertura de semana. O plantio se desenvolve bem no Brasil e na Argentina, com clima favorável e expectativa de boas safras.
Desta forma, vai se consolidando um cenário fundamental de ampla oferta da oleaginosa, mantendo os contratos sob pressão. A queda do petróleo e, principalmente, a forte valorização do dólar frente a outras moedas ajudaram na baixa da soja.
Reação do dólar à ameaça de Trump
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou sobretaxar os produtos do BRICS, caso os países do blocos insistam na ideia de substituir a moeda norte-americana nas negociações entre eles.
Como resultado o dólar subiu na comparação com seus pares, o que sempre é um fator de pressão para as commodities de exportação, como a soja, que perdem competitividade.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou a venda por parte de exportadores privados de 134 mil toneladas de soja para a China. As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 2.088.361 toneladas na semana encerrada no dia 28 de novembro.
Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 2.117.380 toneladas.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 4,25 centavos de dólar, ou 0,42%, a US$ 9,85 1/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 9,91 por bushel, com perda de 5,00 centavo, ou 0,50%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 3,70 ou 1,28% a US$ 283,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 41,27 centavos de dólar, com baixa de 0,34 centavo ou 0,81%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,07%, sendo negociado a R$ 6,0663 para venda e a R$ 6,0643 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,9954 e a máxima de R$ 6,0904.
Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no WhatsApp!