A tendência para os preços da soja no mercado brasileiro é altista, com dólar em patamares recordes, prêmios mais elevados nos portos brasileiros, exportações em ritmo muito aquecido e com parcela expressiva da safra atual já comercializada pelos produtores, aponta a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio.
- O dólar acumula uma alta de 44% ante o Real no acumulado deste ano de 2020;
- 77% da safra atual já está comercializada e 38% da safra 2020/2021 tem preços fixados.
De janeiro a abril de 2020, as exportações brasileiras de soja em grãos atingiram 33,664 milhões de toneladas, com expansão de 33,8% em relação ao montante de 25,163 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior. “A China importou 24,665 milhões de toneladas de soja em grãos do Brasil no acumulado do ano, respondendo por 73% das vendas externas brasileiras”, informa.
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No mercado internacional a pressão baixista persiste sobre as cotações futuras, com aumento de 9,7% da área nos EUA em 2020/2021, a forte desvalorização do real que eleva a competitividade da soja brasileira e as divergências que emperram o avanço do acordo comercial entre China e EUA.
Farelo
A demanda é firme para exportações e no mercado interno para rações (farelo de soja), segundo a Cogo. No acumulado de 2020, entre janeiro e maio, o contrato julho da soja na Bolsa de Chicago recuou 7,9%, enquanto a cotação FAS Porto de Paranaguá registra uma expressiva alta de 31,1% no mesmo comparativo.
“No mercado interno de derivados, o farelo de soja subiu 32,8% no acumulado de 2020, entre janeiro e maio, enquanto o óleo registra um recuo de 7,1%”, diz.
