? Em maio, houve um crescimento de 63,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, o que sinaliza a antecipação nas compras por parte dos produtores ? destaca o diretor executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquetti.
Segundo o levantamento da entidade, a produção nacional registrou crescimento de 2,4% nos primeiros cinco meses do ano, o que equivale a 3,5 milhões de toneladas. Em 2010, foram comercializadas 3,4 milhões de toneladas.
As entregas de fertilizantes nitrogenados apresentaram evolução de 20%, passando de 892 mil toneladas em 2010 para mais de 1 milhão de toneladas este ano. O aumento de demanda para as culturas de cana de açúcar, café, milho safrinha e arroz é a razão apontada para explicar o bom desempenho.
Os fertilizantes fosfatados registraram expansão de 26,3%, saindo de 903 mil toneladas no ano passado para 1,1 milhão de toneladas em 2011. As culturas de milho safrinha, trigo, plantio de cana de açúcar e o início das entregas para as culturas de primavera, soja e milho, influenciaram no resultado positivo.
A venda de fertilizantes potássicos passou de 1 milhão de toneladas, em 2010, para 1,3 milhão de toneladas neste ano, uma elevação de 27,5%.
Dados da Anda apontam, ainda, que o Estado do Mato Grosso concentrou o maior volume de entregas no período analisado, 1,7 milhão de toneladas, seguido de São Paulo, 1,26 milhão de tonelada, e Paraná, 1,24 milhão de toneladas.
Defensivos
No mercado de defensivos ? que inclui os segmentos de herbicidas, fungicidas, inseticidas, acaricidas e outros ? o faturamento alcançou R$ 2,2 bilhões no acumulado janeiro-abril de 2011. O resultado representa aumento de 5%, se comparado ao mesmo período de 2010, com R$ 2,1 bilhão.
De acordo com o estudo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), as vendas foram impulsionadas principalmente pelas culturas de algodão, café, cana de açúcar, feijão e trigo.
O setor de inseticidas foi o que mais se destacou. Os negócios alcançaram variação positiva de 28% na comparação com o ano anterior, passando de R$ 604 milhões para R$ 775 milhões. A causa foi o crescimento nos mercados de algodão, batata, café, cana, milho, soja e trigo.
Os fungicidas e herbicidas apresentaram retração de 11% e 2%, respectivamente. Na avaliação do Sindag, a queda foi motivada pela redução nos mercados de soja, milho e hortifruti, entre outros.